A licença de cinco dias do ministro da Justiça Sergio Moro, entre 15 e 19 de julho, será para "reenergizar o corpo" e "prosseguir no combate", justificou, na noite desta segunda-feira (8), o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Segundo despacho do presidente Jair Bolsonaro , publicado no "Diário Oficial da União", o ministro Sergio Moro vai tratar de "assuntos particulares". O retorno está previsto para o próximo dia 22.
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"Trabalhar, trabalhar, trabalhar é importante. Mas descansar também faz parte do contexto de reenergizar o nosso corpo para prosseguirmos no combate", disse o porta-voz.
Rêgo Barros explicou que o ministro Moro tinha previsão de férias com a família em janeiro, mas, como assumiu o cargo no governo, o planejamento foi adiado.
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"Moro estava com previsão de férias para janeiro, junto com sua família. E em face da assunção do Ministério da Justiça e Segurança Pública houve por bem adiar, o que seria natural, destinando essa próxima semana para que se realize este evento, que naturalmente é importante a todos nós".
A assessoria de Moro esclareceu que o ministro não pode tirar férias, e que estará de licença não remunerada na próxima semana para viajar com a família. O secretário executivo Luiz Pontel responderá interinamente pelo ministério no período.
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Vazamento de conversas
O ministro integrou no domingo a comitiva do presidente Jair Bolsonaro para assistir a final da Copa América, no Maracanã, em um teste de popularidade. O motivo seriam as reportagens do Intercept, do jornal “Folha de S.Paulo” e da revista “Veja” sobre supostas conversas no aplicativo Telegram que mostram Moro orientando ações da Operação Lava-Jato.
Moro e procuradores da Lava-Jato não têm reconhecido as mensagens divulgadas. Em entrevistas e depoimentos no Senado e na Câmara, o ministro afirmou não ter nada a esconder sobre as conversas atribuídas a ele e aos procuradores da Lava-Jato.Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado apontou que 63% dos entrevistados tomaram conhecimento dos diálogos atribuídos pelo site The Intercept Brasil. Desses, 58% disseram que a conduta do ex-juiz foi inadequada. Já 31% dos entrevistados aprovam a postura de Moro e 11% não souberam opinar sobre o assunto.