Sérgio Machado foi um dos denunciados pela investigação em Curitiba
Agência Brasil
Sérgio Machado foi um dos denunciados pela investigação em Curitiba

O A força-tarefa da Lava Jato de Curitiba denunciou o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e Paulo Chafic Haddad — apontado como operador financeiro — por lavagem de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.

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O Ministério Público Federal (MPF) sustenta que pelo menos R$ 13,5 milhões foram pagos em propina para garantir o direcionamento do negócio em favor das empresas Noroil Empresa de Navegação Ltda. e Vilken Hull. Para procuradores da Lava Jato , investigações comprovaram que, além da Petrobras, o esquema criminoso se estendeu para a Transpetro, que é uma subsidiária da estatal.

" Sérgio Machado , então presidente da subsidiária, indicado e mantido no cargo por integrantes do MDB, tinha a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos. Em contrapartida, ele (Machado) promovia o direcionamento de contratações e repassava informações sigilosas a fim de beneficiar determinadas empresas", diz o MPF .

De acordo com a denúncia, entre fevereiro e agosto de 2010, Machado solicitou, para si e para integrantes do MDB, R$ 11,9 milhões em propina para garantir a contratação da Noroil pela Transpetro .

Entre julho de 2011 e janeiro de 2012, os procuradores afirmam que Machado solicitou novamente propina a Paulo Haddad . Desta vez, conforme a denúncia, representando a empresa Viken Hull, a importância de cerca de R$ 1,6 milhão para garantir a contratação do navio Suezmax pela Transpetro, pelo prazo de dez anos.

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Para dar aparência de legalidade e esconder a origem dos valores, segundo o MPF, foram utilizadas contas offshores no exterior, sendo que R$ 13,5 milhões de propina, que foram pagos a partir da conta da empresa offshore Devaran International Ltd, eram controlados no exterior por Haddad.

O advogado Antônio Pitombo, que é responsável pela defesa de Sérgio Machado, divulgou nota em que afirma que "as denúncias oferecidas confirmam a relevância e eficácia da colaboração processual de Sergio Machado".

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