O ministro Sergio Moro saiu-se bem na sabatina do Senado na quarta-feira 19. Deltan Dallagnol (ao lado) comemorou
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O ministro Sergio Moro saiu-se bem na sabatina do Senado na quarta-feira 19. Deltan Dallagnol (ao lado) comemorou



Depois de passar 9 horas no Senado na semana passada dando explicações sobre mensagens atribuídas a ele e a procuradores da Lava Jato pelo site The Intercept Brasil, o ministro da Justiça, Sergio Moro , cancelou a ida à Câmara marcada para quarta-feira, dia 26. Por meio de sua assessoria, o ministro limitou-se a comunicar que não poderia comparecer, sem propor uma nova data para a audiência.

Moro marcou as audiências no Senado e na Câmara assim que o caso veio à tona com o objetivo de enfraquecer as iniciativas da oposição de propor uma CPI sobre o caso. A assessoria do ministro foi questionada sobre o motivo do cancelamento e ainda não respondeu. 

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Havia a expectativa de um clima mais hostil em relação ao ministro na Câmara. Deputados do PT afirmam que Moro deixou várias perguntas sem resposta e prometiam uma atitude mais incisiva contra o ministro. 

"Ele fugiu do debate sobre as conversas. Na minha opinião, ele não terá tanta facilidade (na Câmara). A linha dele já é conhecida. Vamos demonstrar os crimes que ele cometeu", disse Paulo Teixeira (PT/SP)

"Vamos trabalhar para isso (uma atitude mais dura). Claro que sempre respeitando, mas temos que trabalhar para que a verdade prevaleça e para que os fatos não sejam colocados de baixo do tapete. Queremos que as questões fiquem muito esclarecidas", afirmou Patrus Ananias (PT/MG).

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Apoiadores de Moro também previam um clima diferente na Câmara, mas acreditavam que o ministro não teria problemas. Um deles lamentou a decisão do ministro em adiar a presença afirmando que ele fica mais exposto a novas publicações do The Intercept, em vez de encerrar o assunto no Congresso.

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