Poucas horas depois do plenário do Senado aprovar, com 47 votos favoráveis e 28 contrários , a suspensão do decreto presidencial 9.785, de 2019 – que flexibiliza regras para a posse e o porte de armas –, uma ideia legislativa sobre o assunto ganhou força popular suficiente no portal do Senado para se tornar uma Sugestão Legislativa e ser debatida pelos senadores.
A ideia propõe que as polícias legislativas e os seguranças da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) trabalhem sem armas . O propósito, segundo o texto, é que parlamentares e magistrados "dêem o exemplo" à população, deixando de ter escolta armada.
"De acordo com alguns deputados senadores e magistrados a população estaria em risco com armas por perto", diz o texto. "Seguindo essa linha, propomos transformar as casas legislativas em zona livre de armas, proibindo a entrada e o uso de armas em suas dependências", continua a ideia legislativa.
"A segurança seria feita pela polícia local via 190 e os seguranças atuariam com equipamentos não-letais. Dar o exemplo é essencial", encerra o texto escrito por .
Tal ideia legislativa precisaria receber o apoio de 20 mil pessoas para se tornar uma Sugestão Legislativa e a marca foi alcançada por volta das 8h30 de hoje. Agora, a ideia já pode ser debatida pelos senadores.
Sugestão de Eduardo Bolsonaro
O termo " Senado e STF " amanheceu, nesta quarta-feira (19), nos Trending Topics (TTs) do Twitter. Isso porque a ideia legislativa foi amplamente divulgada pela rede social durante a madrugada e a manhã de hoje.
Afinal, ontem pela noite, às 23h, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro , publicou uma provocação no Twitter que impulsionaria esse movimento popular.
"Será que os senadores votariam a favor de uma lei que desarma seus próprios seguranças?", escreveu o deputado. Na sequência dos seus tweets, o filho do presidente afirmou que o "acesso às armas não é uma medida de segurança pública, é a garantia do direito à legítima defesa".
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"Afirmar que isso [decreto das armas ] tira a responsabilidade do Estado é como dizer que ter um extintor tira a responsabilidade dos bombeiros com a sociedade", comparou o deputado.