O ministro da Economia, Paulo Guedes , diz que entende a angústia do presidente Jair Bolsonaro, que na tarde deste sábado disse estar “por aqui” com Joaquim Levy, presidente do BNDES , e ameaçou demiti-lo. Para Bolsonaro, Levy está com “a cabeça a prêmio”. Guedes deu entrevista ao blog do jornalista Gerson Camarotti do site "G1".
O motivo da insatisfação de Bolsonaro com Joaquim Levy foi a escolha de Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do banco. Marcos Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca, na presidência do BNDES , durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao "G1", Guedes destaca ainda que é natural Bolsonaro se sentir "agredido".
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Mas Guedes negou que houve falta de sintonia com Bolsonaro. "Pelo contrário, existe sintonia. Eu entendo a angústia do presidente. É algo natural ele se sentir agredido quando o presidente do BNDES coloca na diretoria do banco nomes ligados ao PT", fala Guedes ao G1.
O ministro da Economia lembra que o presidente Bolsonaro apresentou como promessa de campanha abrir a caixa-preta do BNDES. "Ninguém fala em abrir a caixa-preta e ainda nomeia um petista. Então, fica clara a compreensão da irritação do presidente. O grande problema é que Levy não resolveu o passado nem encaminhou uma solução para o futuro", fala.
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Sobre o futuro, Paulo Guedes citou assuntos como privatizações, infraestrutura, saneamento e ajudar a reestruturação de estados e de municípios.