Jair Bolsonaro já exonerou 17 membros do
Rovena Rosa/Agência Brasil
Jair Bolsonaro já exonerou 17 membros do "segundo escalão" do governo

Com a demissão anunciada pelo presidenteJair Bolsonaro , em café da manhã com jornalistas, dopresidente dos Correios, Juarez Aparecido de Paula Cunha , nesta sexta-feira, o governo já conta com 17 baixas no segundo escalão, segundo levantamento do jornal O Globo .  O número de demissões leva em conta os nomeados por Bolsonaro ou aqueles que tiveram aval do presidente na sua indicação no final do governo Temer. A maior quantidade de substituições (10) ocorreu no Ministério da Educação (MEC), que já teve também troca do titular.

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De acordo com Bolsonaro , a exoneração de Cunha deve ser publicada nos próximos dias e se deve à recente ida do presidente da estatal à Câmara, a convite de partidos da oposição. Para o presidente, ele se comportou como um sindicalista na ocasião e posou para fotos com deputados do PT e do PSOL.

O primeiro ministro a assumir a pasta no governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, caiu após uma sequência de entreveros internos e paralisia do órgão. Uma guerra entre a ala ideológica, militares e quadros técnicos no ministério levou a uma sucessão de baixas.

Antes de ser demitido, Vélez Rodríguez exonerou seu próprio secretário-executivo, Luiz Tozi. O cargo foi assumido pelo militar Ricardo Machado Vieira, que saiu com a chegada do atual ministro, Abraham Weintraub. O novo titular da pasta exonerou cinco secretários setoriais trazidos por Vélez.

No Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, a situação é ainda mais caótica. Somente no governo Bolsonaro , houve três presidentes. O primeiro, Marcus Vinicius Rodrigues, foi demitido por Vélez após suspender a avaliação da alfabetização este ano.

O cargo ficou vago cerca de um mês, até que Elmer Vicenzi, delegado da Polícia Federal, assumiu, já na gestão de Weintraub . Mas não durou 20 dias , sendo substituído pelo atual presidente, Alexandre Lopes. O Inep é responsável pelos exames educacionais do país, como o Enem.

Na Agência de Promoção das Exportações (Apex), do Ministério de Relações Exteriores, também já ocorreram duas trocas de presidente. Há ainda registros de trocas em cargos de segundo escalão em mais cinco ministérios: Direitos Humanos, Secretaria de Governo, Cidadania e Turismo. Na Casa Civil, essa semana, o ministro Onyx Lorenzoni exonerou um ex-deputado que cuidava da articulação política.

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Veja quais foram as exonorações do governo:

Ministério da Educação

Em meio a uma disputa entre as alas ideológica e militar, foram demitidos dois secretários-executivos, cinco secretários setoriais e dois presidentes do Inep.

Apex

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações já teve dois presidentes demitidos.

Funai

O presidenteda Fundação Nacional do Índio, Franklimberg de Freitas, perdeu o cargo por pressão da bancada ruralista.

Secretaria de Comunicação

Floriano Barbosa, que chegou à Secom após trabalhar com Eduardo Bolsonaro, foi substituído por baixo desempenho na função.

Secretaria de Esporte

Marco Aurélio Vieira entrou em conflito com o ministro Osmar Terra (Cidadania) por discordar da nomeação de alguns políticos na sua área.

Embratur

Paulo Roberto Senise ficou menos de dez dias no cargo e deu lugar a Gilson Guimarães Neto, que atuou na campanha de Bolsonaro.

Casa Civil

O ex-deputado Carlos Manato (PSL-ES) foi demitido da Secretaria Especial para a Câmara da Casa Civil. O argumento foi que o trabalho de articulação política não funcionou.

Correios

Bolsonaro anunciou a demissão de Juarez Cunha por agir como “sindicalista” ao se reunir com deputados do PT e PSOL e se posicionar contra a privatização da estatal. 


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