Um dia depois de a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovar sete projetos de decreto legislativo (PDL) que derrubam os decretos de Jair Bolsonaro (PSL) que
flexibilizaram o porte de armas
, o presidente disse nesta quinta-feira (13) não acreditar que o Parlamento "vá derrotar o povo". Ele também defendeu a legalidade do próprio ato,
editado no mês passado.
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A votação do decreto de Bolsonaro
no plenário do Senado ficou para a próxima semana. Na CCJ, na manhã de quarta, os parlamentares aprovaram um requerimento de urgência para que fossem analisados no mesmo dia por todos os senadores, mas houve um acordo para adiar a votação para a próxima terça-feira, dia 18. As propostas ainda precisam passar pela
Câmara.
"A derrota não é minha. Estão derrotando... Eu não acredito que o parlamento vá derrotar o povo. Eles [os brasileiros] decidirem em 2005 pelo direito de comprar armas e munições. E eu não fui além do que está previsto na lei do Estatuto do Desarmamento, apenas botamos limites ali, porque muita coisa está em aberto e a legislação nos dá esse direito, via decreto, de adequar a lei na sua plenitude", defendeu o presidente.
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Bolsonaro afirmou ainda que o sentimento do seu governo é que "não tem nada de inconstitucional ali" no decreto. E rechaçou que uma parte da população, "de má índole", esteja "muito bem muito armada", enquanto o que ele classificou de "cidadão de bem" fique desarmado do "lado de cá".