PF extrai dados de celular de Moro para investigar ataques de hacker
Marcelo Camargo / Agência Brasil
PF extrai dados de celular de Moro para investigar ataques de hacker

Para dar início ao inquérito sobre os ataques de hacker contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, peritos da Polícia Federal foram à sede do Ministério para
realizar a extração de dados do aparelho celular dele. Esse processo permite obter o histórico de ligações e da utilização dos aplicativos, com o objetivo de tentar rastrear a
origem dos ataques.

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A tentativa de invasão foi informada por Moro à PF na terça-feira (4). Após suspeitar dos ataques, o ministro trocou de aparelho celular. É este aparelho antigo que teve seus
dados extraídos para permitir o avanço da investigação, que foi aberta na semana passada pela PF.

Depois de invadir o celular do ex-juiz, o hacker ligou para o próprio ministro. O ministro achou estranho mas, mesmo assim, atendeu. Momentos após essa ligação, o invasor acessou o Telegram de Moro. Há pelo menos dois anos o ministro não usava o aplicativo. A partir daí, ele não teve dúvidas de que poderia estar sendo vítima de um golpe. Moro repassou a informação para a PF investigar o caso e trocou de linha.

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De acordo com peritos da PF, só depois da análise dos dados do aparelho celular é que será possível saber se o hacker conseguiu ou não copiar o conteúdo das conversas do ministro. Com o rastreamento das origens do telefonema e dos acessos ao aplicativo Telegram do celular de Moro, cujos dados ficam armazenados no sistema e nas operadoras de telefonia, seria possível chegar ao autor dos ataques, avalia a PF.

A PF também investiga casos de ataques hacker contra procuradores da Lava Jato , como o coordenador da força-tarefa de Curitiba Deltan Dallagnol, e também tentativas contra
procuradores do Rio de Janeiro.

Após a onda de ataques, o site The Intercept Brasil divulgou uma série de diálogos entre Moro e Dallagnol. Segundo o site, Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em
processos da Lava Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Lula. Nas reportagens, o site ressalta que obteve o material de uma fonte anônima antes dos relatos de
ataques hacker. Nesta terça-feira, o aplicativo Telegran negou que sofreu ataque de hackers .

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