Divulgação/Ministério da Justiça
"Nosso esforço está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil", escreveu Maia

Após uma reportagem do jornal The Intercept Brasil revelar trocas de mensagens entre o procurador Deltan Dellagnol e o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, o deputado Rodrigo Maia (DEM) garantiu que vai "blindar a Câmara de qualquer crise". No Twitter, o presidente da Casa disse estar focado na aprovação das reformas e de todos os projetos essenciais para o Brasil.

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"Vamos blindar a Câmara de qualquer crise. Nosso esforço e nosso foco está na aprovação das reformas e de todos os projetos que são essenciais para o Brasil. Nada é mais importante do que o resgate da confiança, com o equilíbrio das contas públicas e a geração de empregos no País", escreveu Maia.

Na noita desta segunda (10) , o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia atribuído o vazamento das mensagens a um interesse de prejudicar a tramitação da reforma da Previdência. Ele também citou a gravação da conversa entre o ex-presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista como uma tentativa de barrar as mudanças no sistema de aposentadorias.

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"Gravaram o presidente Michel Temer , não vai ter reforma da Previdência. Pronto, acabou. Vai ser rapidinho, nos próximos cinco, seis meses, está tudo engolido. Não foi por falta de tentativa, toda hora tem uma. Uma é o Michel Temer, outra é o filho do Bolsonaro, hoje é a do Moro", disse Guedes.

Vaza Jato

Publicada no último domingo (9), a reportagem do  The Intercept Brasil  trouxe à tona trocas de mensagens entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato, além de diálogos entre Deltan Dellagnol e Sergio Moro entre 2015 e 2018. Em nota divulgada após as reportagens, procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR)  disseram ter sido alvo de uma invasão hacker e que as conversas foram descontextualizadas.

Entre as principais conversas, estão as que dizem respeito à atuação do MPF-PF e de Moro, então juiz da primeira instância, quando ainda era o responsável por julgar os casos da operação referentes a desvios da Petrobras. Os processos incluem o caso do triplex de Guarujá (SP), tido como propina atribuída ao ex-presidente Lula (PT). 

Segundo a publicação, as mensagens indicam que Moro teria atuado junto ao MPF, dando conselho aos procuradores, interferindo na ordem das operações da força-tarefa e até indicando fontes que pudessem incriminar os investigados. Pelo Twitter,  o ministro rebateu as acusações alegando que "não tem nada ali [nas mensagens] apesar das matérias sensacionalistas". 


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