Os representantes da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuníram na manhã desta segunda-feira (10), em São Paulo, para discutir a nova estratégia a ser adotada a partir do escândalo envolvendo mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro
, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
O principal advogado de Lula
nos processos da Lava Jato em Curitiba, Cristiano Zanin Martins, pretende apresentar as novas diretrizes ao ex-presidente já em sua próxima visita ao petista, na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.
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Ainda na noite desse domingo (9), horas após a divulgação das mensagens pelo site The Intercept , a defesa de Lula divulgou nota afirmando que a alegada "atuação ajustada dos procuradores e do ex-juiz da causa, com objetivos políticos" prova que os processos julgados em Curitiba "estão corrompidos" .
"O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente, assim como o reconhecimento mais pleno e cabal de que ele não praticou qualquer crime e que é vítima de 'lawfare', que é a manipulação das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política", diz o texto assinado por Zanin e pela advogada Valeska Teixeira Martins.
Também em nota, a força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato
negou irregularidades na atuação do grupo
, reforçou a ideia de que o trabalho é "imparcial" e acusou o site The Intercept
de ter divulgado mensagens "fraudulentas e fora de contexto". O ex-juiz Sergio Moro, por sua vez, reclamou que as conversas foram obtidas "por meios criminosos" e garantiu que os textos não apontam "anormalidade ou direcionamento".
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