Janaina Paschoal criticou a convocação de manifestações em prol do governo
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Janaina Paschoal criticou a convocação de manifestações em prol do governo

A base do presidente Jair Bolsonaro trocando farpas entre si. Após a discussão pública entre as deputadas federais do PSL Joice Hasselmann e Carla Zambelli , a deputada estadual Janaina Paschoal, que chegou a ser cotada para ser candidata a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, criticou a convocação de manifestações em prol do governo no próximo dia 26.

"O Presidente foi eleito para governar nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá", escreveu Janaina em seu perfil no Twitter sobre as frequentes críticas de parte da base do governo às negociações do Congresso.

"Não me calei diante dos crimes da esquerda, não me calarei diante da irresponsabilidade da direita", continuou a parlamentar.

Janaína defendeu que as pessoas não devem sair às ruas para que o presidente para de fazer "drama". "Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para trabalhar", concluiu a deputada, que ainda criticou os filhos do presidente e "alguns assessores" por estarem colocando o governo em risco.

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Mais tarde, Janaína voltou à rede social para lembrar que o governo orientou a base aliada para votar em Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados e que deputados da base aliada, incluindo Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) votaram por uma PEC que tirou poderes do presidente da República.

"Tivesse o Presidente apoiado um Presidente da Câmara coerente com os novos paradigmas. Tivesse orientando seus líderes a votar contra medidas restritivas de seus poderes. Tivesse se esforçado para defender a Previdência e, ainda assim, o Congresso o estivesse sabotando, obviamente, eu apoiaria as manifestações . Mas não foi isso que aconteceu", escreveu a deputada.

Leia também: Janaína critica conflitos internos do governo: "Permitir autofagia será o fim"

Janaina Paschoal é professora de direito na Universidade de São Paulo (USP) e foi uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nas últimas eleições, se tornou a deputada estadual mais votada da história do Brasil com 2.060.786 votos. Antes de oficializar Hamilton Mourão como parceiro de chapa, Bolsonaro cogitou colocar Janaína como candidata a vice.

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