O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse, nesta terça-feira (14), haver "risco zero" de a medida provisória (MP) que reestruturou o governo perder a validade. Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no dia 2 de janeiro, a MP reduziu o número de ministérios de 29 para 22, mas as alterações precisam ser aprovadas pela Câmara e Senado.
O prazo expira dia 3 de junho, e o governo encontra dificuldades para pautar a votação no Legislativo. Em conversa com jornalistas, Onyx afirmou ainda ter espaço para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) permanecer no Ministério da Justiça, comandada por Sérgio Moro.
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Na semana passada, a comissão especial aprovou a transferência do órgão federal para o Ministério da Economia, pasta chefiada por Paulo Guedes. O Coaf atua na fiscalização de lavagem de dinheiro.
O chefe da Casa Civil defendeu que o Coaf permaneça no Ministério da Justiça, mas afirmou que o órgão atuará com a mesma estrutura caso seja confirmada a volta do órgão para a pasta comandada por Paulo Guedes .
"O que é mais importante, toda a equipe, se eventualmente essa transferência for feita, irá integralmente para o Ministério da Economia. Vai ter a tranquilidade que o trabalho do Coaf vai estar preservado, ampliado mais importante, ali na frente mais fortalecido", disse.
O ministro, que nas redes sociais passou a ser acusado de ter atuado para retirar o Coaf das mãos de Moro, afirmou ter partido dele a ideia do órgão ficar subordinado ao Ministério da Justiça. Ele reafirmou que desde 2006 defende para que o Coaf se torne uma agência nacional de inteligência financeira.
"Propus que o Coaf, lá em 2006, que fosse transformado em uma agência nacional de investigação financeira. Isso é uma ideia que está presente dentro do governo. Se ficar com o ministro Moro, excelente. Eu fui o autor da proposta para que o Coaf saísse do Ministério da Economia, dentro do grupo de transição, e fosse para o ministro Moro exatamente para construir essa agência", salientou Onyx .