O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,disse, nesta terça-feira, que a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro não afeta o governo do presidente Jair Bolsonaro, pai do parlamentar. Segundo ele, o Planalto tem "tranquilidade" sobre o caso e "confiança" no senador.
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"Primeiro, isso foi no âmbito da Justiça do Rio de Janeiro. Eu acho que é uma questão que tem de ser resolvida dentro do processo que está em aberto. O governo tem uma agenda que está dada para o Brasil. Nós temos total tranquilidade e temos confiança no Flavio e certeza de que o governo está conduzindo o trabalho", disse Onyx , ao deixar um restaurante em Brasília. Ao ser questionado se afetava o governo, o ministro respondeu: "De jeito nenhum."
Conforme revelado na segunda-feira pelo jornal O Globo , o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou a quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro e do ex-policial militar Fabrício Queiroz . O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Além do afastamento de sigilo de Flávio e seu ex-assessor Queiroz, também terão suas informações bancárias averiguadas a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro, a empresa de ambos, Bolsotini Chocolates e Café Ltda, as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn, e a mulher do ex-assessor, Marcia.
Ao ser questionado sobre como Bolsonaro reagiu à notícia da quebra do sigilo do filho, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse, na noite de segunda, que o presidente, "como de rotina", quando se trata de questões de Justiça, pediu que os jornalistas endereçassem questionamentos "àquelas pessoas que estão envolvidas".
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Rêgo Barros negou ainda que Bolsonaro, ao falar na última sexta que 'talvez tenha um tsunami na semana que vem', se referisse ao caso envolvendo o filho.
"O presidente deveria ser vidente para, falando de tsunami a semana passada, identificar que seria alguma coisa referente à quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro ", declarou Rêgo Barros.