A União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf), representante dos magistrados de 1º grau, emitiu nota em apoio ao ministro Sérgio Moro , neste domingo (12) , para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) permaneça no Ministério da Justiça e Segurança Pública e não seja transferido para a Economia.
"É inconstitucional a votação ocorrida no seio da comissão mista do Congresso Nacional e viola o processo legislativo", disse a entidade, além de ponderar que não cabe ao
Congresso revogar, alterar ou modificar o Decreto Presidencial assinado por Jair Bolsonaro (PSL) que aprovou o novo estatuto do Coaf
, em 1º de janeiro.
A mudança aconteceu na última quinta-feira (9) na comissão de deputados e senadores que analisa a Medida Provisória da reforma ministerial. Foram 14 votos a 11 pela
transferência. Os plenários da Câmara e Senado
, no entanto, ainda irão analisar o requerimento.
Em outro trecho da nota, a Unajuf
diz que "competência privativa do Presidente da República dispor sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos”, conforme a Constituição.
Por fim, a entidade ressalta que "mantêm seu firme propósito de combater a corrupção e se colocar, lado a lado, das medidas voltadas para o aprimoramento dos sistemas que buscam
coibir o crime organizado, lutar contra os delitos de colarinho branco e os decorrentes, entre os quais de corrupção e lavagem de dinheiro".
Neste domingo (12), o presidente Bolsonaro minimizou a derrota do governo
na transferência do Coaf
. Segundo ele, o órgão "tem tudo para ser mantido com Moro", mas mesmo que
fique a cargo de Paulo Guedes na Economia não terá problema, pois os "ministros conversam".