O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou nesta segunda-feira (13), após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinar a quebra do seu sigilo bancário,que não será usado para que atinjam o governo do seu pai, o presidente Jair Bolsonaro. Flávio disse que não fez nada de errado e que "a verdade prevalecerá".
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O TJ determinou o afastamento do sigilo de Flávio e de seu ex-assessor Fabricio Queiroz no dia 24 de abril, a pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Também terão suas informações bancárias averiguadas a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro; a empresa de ambos, Bolsotini Chocolates e Café Ltda; as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn; a mulher do ex-assessor, Marcia e outros 88 ex-funcionários do gabinete, seus familiares e empresas relacionadas a eles.
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Em nota divulgada nesta segunda-feira, Flávio afirmou que seu sigilo bancário "já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial" e que agora "tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses".
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O senador se referiu a um relatório de Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ) sobre suas movimentações financeiras, que foi enviado ao Ministério Público. Decisões recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ)autorizam o Coaf a repassar informações bancárias a autoridades com poderes de investigação, mesmo sem uma decisão judicial prévia autorizando a quebra do sigilo dos dados.
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Confira a nota de Flávio na íntegra:
"O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial. Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional após o Chefe do MP/RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos.
Somente agora, em maio de 2019 - quase um ano e meio depois - tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses.
A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro.", concluiu Flávio Bolsonaro.