A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o empresário Lélis Marcos Teixeira não seja autorizado a deixar o País para acompanhar o casamento de seu filho em Amsterdã, na Holanda. Condenado a 13 anos de prisão por corrupção ativa, o ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio) cumpre medidas cautelares e, por isso, segue em liberdade.
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A defesa de Lélis entrou com pedido para que o cliente permanecesse da Holanda por oito dias para acompanhar o casamento de seu filho, residente na capital holandesa. O matrimônio está marcado para acontecer no dia 23 de maio. No seu parecer, Dodge afirma que é necessário efetivar a aplicação da lei penal, independente de se tratar de um compromisso familiar. A medida cautelar não permite que um réu (Lélis ainda é réu em três ações penais) deixe o Brasil.
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"Tais restrições da liberdade, que, ressalte-se, já representam benesses incomuns para alguém na situação do requerente, são decorrências naturais e corriqueiras do processo criminal sofrido e encontram fundamento em todos os riscos já alegados nos autos pelo Ministério Público Federal, inclusive pela PGR no parecer ofertado", defende a procuradora .
Investigado nas operações Ponto Final e Cadeia Velha, desdobradas pela Lava Jato no Rio de Janeiro, Lélis Marcos Teixeira é acusado de ser um aliado do ex-governador Sérgio Cabral em organizações criminosas envolvendo o transporte de passageiros no Estado. Raquel Dodge
entende que o réu não possa ter um tratamento diferenciado.