Começa oficialmente na próxima segunda-feira (6), com a abertura das inscrições para a eleição, a disputa pelo cargo de procurador-geral da República. Ainda não há critérios claros para a escolha do sucessor de Raquel Dodge na PGR mas, mesmo assim, o processo promete ser um dos mais concorridos da história. Pelo menos seis grupos de candidatos estão na corrida.
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Segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), os interessados no comando da PGR podem se inscrever entre os dias 6 e 15 de maio. Serão realizados debates com os candidatos nos meses de maio e junho e no dia 18 de junho procuradores da República votarão para escolher o próximo chefe do Ministério Público Federal.
Desde 2001 a ANPR envia à Presidência uma lista com os três nomes mais votados pelos membros do MPU para ocupar a Procuradoria-Geral da República . O presidente não é obrigado a respeitar a lista, mas desde 2003, a tradição tem sido a de nomear um dos três integrantes mais votados.
Lula e Dilma escolheram o primeiro colocado e Michel Temer nomeou Raquel Dodge , segundo lugar na votação. Este ano, no entanto, não está certo se Bolsonaro vai escolher alguém entre os três indicados ou se irá além da tradicional lista tríplice.
A revista Veja chegou a divulgar que o presidente delegaria a escolha para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Segundo a publicação, essa teria sido uma promessa de Bolsonaro a Moro ainda em 2018. O presidente, no entanto, desmentiu a informação .
Até agora, pelo menos seis pré-candidatos já demonstraram interesse em concorrer ao cargo. Entre eles e outros nomes especulados para a função, há quem seja alinhado ao grupo do antigo procurador-geral da República Rodrigo Janot, há advindos da força-tarefa da Lava-Jato e procuradores bolsonaristas.
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Pela Constituição, cabe ao presidente da República escolher o chefe da PGR entre os membros de carreira do Ministério Público da União (MPU) com mais de 35 anos de idade. O nome precisa ser aprovado por maioria absoluta no Senado.