Presidente Bolsonaro comemorou a marca de 1 milhão de alunos atingidos pelo programa
Valter Campanato/Agência Brasil
Presidente Bolsonaro comemorou a marca de 1 milhão de alunos atingidos pelo programa

presidente Jair Bolsonaro participou na última quarta-feira (8) de uma videoconferência com professores e alunos da escola estadual Calunga I, na zona rural de Cavalcante (GO), cidade que fica a cerca de 320 quilômtros de Brasília. O local, que é de difícil acesso, recebeu a instalação de um ponto de conexão de internet do programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), que atingiu a marca de 1 milhão de alunos atendidos por conexão banda larga.

O projeto utiliza um link com velocidade média de 10 megabytes por segundo (Mb/s) utilizando a banda do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). Além de Bolsonaro, participaram da videoconferência os ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Abraham Weintraub (Educação), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente da Telebras, Waldemar Gonçalves.

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"Estamos comemorando hoje um milhão de alunos conectados. São aproximadamente três mil escolas, cerca de duas mil no Nordeste e Norte. Essas regiões estão sendo prioritárias", disse Bolsonaro. Segundo o presidente, a capacidade de conexão de internet pelo satélite é de cerca de 50 mil pontos. A expectativa da Telebras, que tem contrato com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para prestação do serviço, é conectar até 10 mil pontos de internet banda larga até o final deste ano.

"O que acontece é que nós precisamos conectar o Brasil , temos muitos pontos escuros em termos de internet, informação. É um projeto em parceria com o MEC, para levar internet através do Satélite Geoestacionário de Defesa e Informação, em locais distantes onde não chega a internet", disse o ministro Marcos Pontes .

Segundo o presidente da Telebrás, a empresa vem explorando o satélite desde o início do ano, saltando de seis pontos de conexão para mais de 3,8 mil, em pouco mais de cinco meses. "Começamos com seis pontos e hoje estamos com 3,8 mil pontos, sendo 3,4 mil instalados em escolas", afirmou Waldemar Gonçalves. "O nosso ritmo de trabalho está num patamar mais elevado, nossa meta é 6,5 mil escolas até o mês de agosto. Até dezembro queremos estar com o número de 10 mil escolas. São metas ousadas, mas a gente acredita no trabalho da equipe. É uma meta realizável", acrescentou, ao lembrar que para instalar a conexão na escola Calunga I, técnicos da Telebras levaram dois dias para chegar ao local, utilizando veículos 4x4 e navegando por rios.

Bolsonaro disse que parlamentares e prefeitos poderão solicitar ao Ministério da Ciência e Tecnologia a adesão ao programa, para instalação de internet em áreas remotas. Durante a videoconferência, alunos e professores interagiram com o presidente e os ministros.

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Para a professora Luciene Santos, a internet vai atender não apenas os alunos, mas toda a comunidade local. "Aqui tem falta de materiais [escolares], essa internet acredito que vai facilitar a vida da comunidade, dos estudantes e professores, até mesmo para nos capacitarmos mais", afirmou. Ao todo, mais de 450 alunos estão matriculados na escola Calunga I.

Um dos alunos perguntou se poderia contar com o governo para mais investimentos na área de educação. Ao responder, Bolsonaro citou as dificuldades econômicas do país, criticou governos anteriores, mas disse que vai priorizar a educação básica.

"O Brasil está numa situação bastante difícil, quando se fala em economia e dinheiro. Nós herdamos uma dívida grande de governos anteriores, mas nós faremos o possível para bem atender vocês na educação. Ninguém cortou 30% da educação, nós estamos pegando recurso de uma área e botando para outra, no caso, mais recursos para a educação básica. Outros governos também contingenciaram, cortaram recursos, no linguajar popular. Ninguém vai cortar recursos da educação por maldade, é que não temos como pagar as dívidas que o Brasil tem, que são muito grandes, por isso esse contingenciamento. Mesmo com esse pouco recurso estamos garantindo projetos como esse para vocês, que custa dinheiro", disse.

Em seguida, o ministro da Educação, Abraham Weintraub , disse que o Brasil "parou de afundar", mas "não decolou ainda". Ele defendeu a reforma da Previdência para destravar a economia do país. "Se passar a nova Previdência, a economia do Brasil vai subir, vai gerar mais emprego, vai gerar mais investimento", afirmou.

No caso do contingenciamento das instituições federais de ensino, o Ministério da Educação (MEC) informou na última terça-feira (7) "que o critério utilizado para o bloqueio de dotação orçamentária foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos". Segundo a pasta, foram bloqueados R$ 7,4 bilhões do total de R$ 23,6 bilhões de despesas não obrigatórias. O orçamento anual do MEC, incluindo gastos obrigatórios, é R$ 149 bilhões.

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"O bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas", informou o MEC, em nota reportada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros .

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