Bolsonaro criticou o prefeito de Nova York e confirmou nova viagem aos EUA
Reprodução/Flickr
Bolsonaro criticou o prefeito de Nova York e confirmou nova viagem aos EUA


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que está concluindo o planejamento da ida aos Estados Unidos, na próxima semana, "possivelmente" para a cidade de Dallas, no Texas, e fez críticas ao prefeito de Nova York, Bill de Blasio, por ter "patrocinado" uma manifestação contra ele. 

Leia também: "Telefone não para de tocar", diz proprietário de clube de tiro após decreto

Na última sexta-feira, Bolsonaro cancelou a viagem que faria aos Estados Unidos no próximo domingo para ser homenageado em Nova York como a "Personalidade do Ano" pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Ele participaria de outros eventos na cidade e em Miami.

Em nota divulgada na ocasião pelo Planalto , ele admitiu que o cancelamento ocorreu após a premiação ter gerado protestos de diversos grupos nos EUA. Democrata, Bill de Blasio havia chamado Bolsonaro de "ser humano perigoso" e depois comemorou a desistência da viagem dizendo que "valentões" geralmente não aguentam um tranco. "Seu ódio não é bem-vindo aqui", escreveu o prefeito no Twitter.

Leia também: Flávio Bolsonaro diz que decreto sobre armas é respeito à democracia

"Uma coisa é enfrentar uma manifestação normal, outra é uma patrocinada pelo prefeito. O prefeito é o dono da casa. Você enfrentar uma manifestação dele, e ele insuflando a população para atirar o que tiver nas mãos contra a minha pessoa. Não sei que tipo de ameaça. Já que estou sendo um incômodo para ele, que não sou para o (presidente dos Estados Unidos , Donald) Trump e para o povo americano. Não queremos enfrentar essa manifestação. Não pode ser dessa forma", declarou Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

Chamando de Blasio de "esse cidadão", o presidente disse ter a informação de que o nova-iorquino quer enfrentar as prévias para concorrer pelos Democratas à Presidência do país e enfrentar os Republicanos, "possivelmente Trump". 

Leia também: Bolsonaro revoga 'Conselhão' criado por Lula e outros 55 colegiados

"Que tipo de relacionamento ele vai ter, se porventura ele for eleito, com um país cujo chefe de Estado tem demonstrado respeito e quer se aproximar da primeira economia do mundo? —questionou Bolsonaro. — Acho que esse cidadão aí queimou os cartuchos, se queimou completamente na sua corrida para enfrentar as prévias", concluiu o presidente.

Bolsonaro  afirmou ainda que sua equipe entrou em contato com o ex-presidente George W. Bush e com o senador do Texas, Ted Cruz, ambos republicanos, "entre outros que gostariam de me ver presente em seu Estado". E ponderou que uma viagem de um chefe de Estado não pode ser marcada de uma hora para a outra, apesar de dizer que estão tentando "acertar" para quinta e sexta da semana que vem.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!