O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi parar nos Trending Topics do Twitter após comparar o corte de verbas para cursos de filosofia e sociologia anunciado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à queima de livros feita pelos nazistas na Praça da Ópera, em Berlim, em 1933.
Durante o discurso feito no plenário do Senado, nessa terça-feira (7), Renan Calheiros apontou semelhanças entre as medidas tomadas pelo governo Bolsonaro em relação à educação com as ações realizadas pelos seguidores de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
“Quanta coincidência, senhor presidente! O nazismo , depois de seguir opositores, estimular a denúncia de professores comunistas, banir livros de filosofia, sociologia e história, aqueles incômodos ao regime, pilhou as bibliotecas públicas e universidades e fez a famosa fogueira pública de livros”, discursou.
O senador ainda alegou que é seu dever alertar ao presidente, para que o “desastre” seja desfeito e ressaltou os protestos realizados pelos estudantes em todo o País , a fim “chacoalhar as ruas, para pressionar o governo”.
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O acontecimento foi caraterizado como uma das “páginas mais infames da história mundial” pelo senador, que terminou a crítica com uma frase do poeta judeu-alemão Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acabam-se queimando pessoas”.
No Twitter, Renan completou seu discurso no Senado afirmando que “asfixiar universidades e cortar recursos do ensino básico colocam a educação em xeque, demonstrando que o Brasil está nas mãos de quem não sabe o que é prioridade para os brasileiros”.
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Também nas redes, o caso repercutiu entre os internautas que chegaram a brincar, dizendo que a “situação está tão ruim que começamos a concordar com Renan Calheiros ”.