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Dinheiro foi destinado ao Ministério da Defesa para a "Operação Acolhida", que tem como objetivo o "acolhimento humanitário" de venezuelanos

Bolsonaro
Sergio LIMA/afp
Bolsonaro declarou apoio a Juan Guaidó

O presidente Jair Bolsonaro assinou, na tarde desta terça-feira (30), uma Medida Provisória (MP) que destina R$ 223 milhões ao Ministério da Defesa para a chamada "Operação Acolhida", que tem como objetivo auxiliar venezuelanos que vieram ao Brasil por conta da crise no país.

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De acordo com o documento, que é assinado por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o dinheiro será utilizada na "assistência emergencial e acolhimento humanitário de pessoas advindas da República Bolivariana da Venezuela ".

Mais cedo, o presidente brasileiro já havia declarado apoio ao opositor do ditador Nicolás Maduro, o autodeclarado presidente venezuelano, Juan Guaidó, que convocou o povo às ruas para tomar definitivamente o poder. 

"O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos. O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia", publicou  Bolsonaro  no Twitter.

Embaixada brasileira acolheu militares

O governo brasileiro recebeu pedido de asilo de 25militares venezuelanos,informou nesta terça-feira o Palácio do Planalto. As solicitações, já autorizadas, foram encaminhadas por meio da embaixada do Brasil em Caracas.

Diante dos últimos acontecimentos na Venezuela, com apoiadores do autoproclamado presidente Juan Guaidó nas ruas, apelando aos militares que tirem o chavista Nicolás Maduro do poder, o Itamaraty recomendou aos seus servidores que não saiam de casa, pois não há como garantir segurança neste momento. A orientação é extensiva aos brasileiros que residem naquele país.

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As autoridades brasileiras acompanham com atenção os desdobramentos. Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, conversou, em Washington, com o secretário de Estado americano Mike Pompeo e o assessor para assuntos de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton.

O governo brasileiro também teria mantido contato com Guaidó. Porém, segundo garantiu Ernesto Araújo nesta terça-feira, quando ocorreram as reuniões com os americanos, não se sabia da movimentação de hoje em Caracas.