O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, no que depender dele, manterá os passaportes diplomáticos para o bispo Edir Macedo , fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus , e à mulher dele, Ester Eunice Rangel Bezerra. A concessão dos documentos pelo Ministério das Relações Exteriores, publicada na segunda-feira, dia 15, foicancelada por uma decisão da Justiça Federal do Rio .
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Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro alegou que o documento especial foi concedido e renovado durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. O mandatário disse que autorizou a manutenção do benefício, pois Edir Macedo atende as regras do Itamaraty.
"Realmente eu renovei sim, autorizei para que o Itamaraty renovasse o passaporte diplomático do senhor Edir Macedo e sua esposa. Apanhei até não querer mais. Para deixar bem claro: foi concedido o passaporte para ele lá no governo Lula, lá atrás. Foi renovado no governo Lula de novo, no governo Dilma, daí expirando o prazo no meu governo, nós autorizamos e será mantinda no que depender de mim, a renovação desse passaporte para ele e e sua esposa e ponto final", disse.
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A Justiça Federal do Rio atendeu um pedido de liminar e anulou a concessão do passaporte para Macedo e a mulher. Na decisão, o juiz Vigdor Teitel, da 1ª Vara Federal do Rio, diz que a atuação de Macedo em atividades da Igreja, no entanto, não significa que ele represente "interesse do país" para justificar o passaporte diplomático. O presidente classificou a decisão como "demagogia."
"Teve uma ação liminar para cancelar isso aí. Logicamente, haverá recurso por parte do interessado com toda a certeza e vai ganhar essa ação. É demagogia pura e simples", disse.
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Bolsonaro citou ainda que passaportes diplomáticos também foram concedidos, em governos anteriores, para líderes da Igreja Internacional da Graça de Deus, Assembleia de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus. Cada um denominação evangélica recebeu dois documentos, enquanto que a Igreja Católica recebeu três. Todos, segundo o presidente, serão renovados caso haja solicitação.
"É um numero reduzido, não é uma festa. É realmente para quem precisa, quem viaja o mundo todo, como o caso do Edir Macedo
. Tem certos benefícios que ajudam na vida deles a andar pelo mundo. Evita filas de aeroportos, facilita o despacho de bagagens e, em alguns países, é dispensado o visto", justificou.