Alê Silva (PSL-MG) denunciou o ministro do Turismo e disse ter sido ameaçada de morte
Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Alê Silva (PSL-MG) denunciou o ministro do Turismo e disse ter sido ameaçada de morte

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que afirmou ter sido ameaçada de morte por ter denunciado o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, enviou um ofício ao governo de Portugal dizendo que outra denunciante do caso de laranjas no partido corre risco de vida caso retorne ao Brasil. As informações são do jornal Folha de S.Paulo .

Alê Silva relatou ao jornal, no último sábado (13), que recebeu ameaças de morte por interlocutores do ministro por ter denunciado ao Ministério Público o esquema de candidaturas laranjas do PSL  em Minas Gerais – candidaturas pelas quais Álvaro Antônio seria o responsável. 

A deputada enviou o documento a autoridades portuguesas para reforçar um pedido de asilo feito por Clauzenir Barboza, que se mudou para Portugal com o filho no ano passado. Clauzenir foi candidata a deputada estadual pelo partido em Minas Gerais nas eleições de outubro e também denunciou o esquema de laranjas ao MPF. 

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Ela também afirmou ter sido ameaçada e, no dia 2 de abril, pediu asilo político a Portugal. O pedido ainda está sob análise do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. No ofício enviado para tentar ajudar a colega, Alê escreveu que houve uma tentativa de envolver Clauzenir no esquema e que, "por não compactuar com esse tipo de procedimento, ela se viu obrigada a fazer a respectiva denúncia aos órgãos públicos competentes, ainda que isso lhe custasse a sua saída de sua terra natal". 

A parlamentar disse ainda que enviou o documento “em razão de conhecer de perto os fatos e de ter plenas convicções dos riscos à vida e à integridade física da requerente e se deu filho caso permaneçam no Brasil”. 

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O ministro nega as acusações sobre o esquema de laranjas do PSL e afirma que as deputadas atribuem a ele "comportamentos e atitudes que distorcem completamente" de sua pessoa. O presidente Jair Bolsonaro afirmou, no início de março, que iria deixar as investigações continuarem, mas ainda não se manifestou sobre os relatos de ameaças. 

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