Abraham Weintraub é economista e fez parte da equipe de transição do governo
Jorge William/Agência O Globo
Abraham Weintraub é economista e fez parte da equipe de transição do governo

Um vídeo do novo ministro da Educação, Abraham Weintraub falando sobre o "poder dos comunistas" viralizou nas redes sociais desde que ele foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como titular da pasta. 

Leia também: Deputada apaga conta da web após ter histórico de posts sobre maconha descoberto

Publicidade

 "Eles [comunistas] são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios", diz  Weintraub , que dava uma palestra. Na sequência, o agora ministro reclama do fato da campanha de Bolsonaro não ter conseguido o apoio de nenhuma "grande instituição", pois todos estariam apoiando o candidato do PT, Fernando Haddad.

Confira o vídeo do novo ministro falando sobre comunistas :

Quem é Abraham Weintraub, novo ministro da Educação

Abraham Weintraub fez parte da equipe que fez a transição do governo Temer para o governo Bolsonaro. Ele e o irmão Arthur, que é advogado especializado em Previdência, trataram do tema e ajudaram a montar a proposta da reforma que foi apresentada pelo governo. 

Os dois são muito próximos do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Abraham, inclusive, ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta, o número dois dentro do ministério.

Publicidade

O novo ministro da Educação é mestre em Administração na área de finanças pela Faculdade Getulio Vargas, além de ser formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP).

Atualmente, Weintraub é docente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde leciona disciplinas relacionadas à economia.

O novo ministro foi conselheiro econômico de Luciano Huck quando o apresentador cogitou se candidatar ao Planalto. Após a desistência do global, ele e o irmão foram apresentados a Bolsonaro por Onyx e passaram a integrar o time de apoiadores do capitão.

"Diante de ameaças é necessário lutar pelo país em que se vive. Os venezuelanos descobriram isso muito tarde. Perderam o controle de sua pátria e hoje são colônia dos ditadores que controlam Cuba. São escravos", disse Abraham ao jornal O Estado de São Paulo , em agosto do ano passado.

"Esquerda ou direita, acho que é uma rotulação pobre. Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência", completou o agora ministro, sobre as posições dele e do irmão.

Leia também: Conheça Abraham Weintraub, economista e novo ministro da Educação de Bolsonaro

Publicidade

Os dois já se envolveram em polêmicas com os próprios alunos da Unifesp. Após um comunicado do diretório acadêmico dizendo que os alunos "repudiavam a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada", os professores subiram o tom contra os estudantes em uma resposta escrita, ao afirmar que eles "puxavam a nota da universidade para baixo" e que não tinham conhecimento para "dar lição de moral" 

"Ficamos muito indignados com a invasão de nossa vida pessoal. Foi patrulhamento ideológico puro, uma nota de repúdio à nossa liberdade. Fora do trabalho, nossa vida pessoal não diz respeito a ninguém. Não fizemos nada de ilegal, não utilizamos estrutura, dinheiro, e-mail, nada, absolutamente nada da Unifesp", disse Abraham Weintraub , que agora terá que lidar com um corpo muito maior de alunos.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!