Com pouco mais de três meses como governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel já fala como um pré-candidato a presidente em 2022. Em entrevista à BBC nesta sexta-feira (5), o ex-juiz federal não hesitou em dizer que está preparado para governar o País, sem antes garantir que cumprirá o mandato no estado fluminense.
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Lançado pelo PSC como azarão nas eleições de 2018, Wilson Witzel ganhou força depois de defender o voto em Jair Bolsonaro. Com o apoio do então presidenciável, convenceu o fluminense e conseguiu derrotar nomes tradicionais da política do estado, como o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) e o senador Romário (PODE).
O discurso alinhado com Bolsonaro chegou na segurança pública, defendendo que policiais usem snipers para atirar em portadores de fuzis nas favelas do Rio de Janeiro. O ex-juiz federal também se vê como um líder.
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"Acho que o Brasil precisa sempre de líderes que possam dar às gerações futuras melhores oportunidades. É isso que quero fazer pelo nosso país", disse Witzel à BBC.
Apesar do discurso, o governador do Rio de Janeiro evitou um embate com o atual presidente afirmou que quer chegar ao Planalto, mas apenas depois que Bolsonaro não tiver as mesmas pretensões.
“O presidente Bolsonaro tem meu respeito. Se ele não for candidato, eu quero dar continuidade a um projeto de transformação do Brasil e resgate da economia do nosso país”, afirmou.
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Wilson Witzel está Boston, nos Estados Unidos, onde participa uma palestra sobre segurança pública. Recentemente, o governador defendeu a criação de uma espécie de prisão de Guantánamo no Brasil para “pessoas extremamente perigosas”.