A defesa do ex-presidente Michel Temer enviou uma petição ao juiz Marcelo Bretas para que cerca de R$ 111 mil mensais sejam liberados dos bens bloqueados. O valor, segundo os advogados, é necessário para os pagamentos de despesas de sustento do acusado e de sua família.
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Na petição, o advogado do ex-presidente afirma que o bloqueio dos bens de Michel Temer "inviabilizou o próprio sustento de sua família, tornando-a, por conseguinte, insustentável de ser mantida".
O pedido ainda ressalta que o valor não será usado para “despesas com luxo”, mas apenas para os pagamentos de “despesas domésticas mensais”.
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De acordo com as contas informadas por Temer, em janeiro foram gastos no sustento seu e de sua família R$ 87,5 mil. Em fevereiro, o gasto teria sido de R$ 105,9 mil.
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Os bens do ex-presidente estão bloqueados desde o dia 21 de março, mesma data em que Marcelo Bretas determinou a prisão preventiva de Temer. Na mesma sentença, o magistrado ordenou que até R$ 62,5 milhões das contas do ex-presidente ficassem presos.
Além dos bens acumulados durante sua vida, Temer recebe mensalmente três aposentadorias: R$ 22,4 mil da Procuradoria-Geral do estado de São Paulo, R$ 6,5 mil da São Paulo Previdência e R$ 2,1 mil do Fundo do Regime Geral de Previdência Social. Em sua declaração à Receita, ainda consta o pagamento mensal de R$ 81 mil provenientes de sua empresa, Tabapuã Investimentos e Participações.
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A petição para a liberação de partes do bens de Michel Temer aconteceu no mesmo dia em que o juiz Marcelo Bretas tornou o ex-presidente réu pelos crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro em um suposto esquema de desvios em contratos para a construção da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. A mesma ação levou o emedebista a prisão preventiva no dia 21 de março.