O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ameaçou deixar a articulação política da reforma da Previdência nesta quinta-feira (21). Maia teria ligado para o ministro da Economia, Paulo Guedes, depois de ler uma publicação na rede social do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) a seu respeito.
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Segundo o jornal O Estado de S. Paulo , Rodrigo Maia ficou irritado com o vereador e disse a Paulo Guedes que se é para ser atacado nas redes sociais por filhos e aliados de Bolsonaro, o governo não precisa de sua ajuda.
Na publicação em questão, Carlos Bolsonaro comentou o embate entre Maia e o ministro da Justiça, Sergio Moro. Os dois divergem em relação a votação do pacote anticrime apresentado pelo ministro e Carlos se posicionou ao lado de Moro, criticando a decisão do deputado de priorizar a Previdência em detrimento do pacote.
Maia vem demonstrando irritação com a maneira como o governo está lidando com a tramitação da reforma da Previdência . Ele também parece descontente com a ofensiva contra ele nas redes sociais, principalmente depois das desavenças com Sergio Moro sobre o pacote anticrime.
“Eu estou aqui para ajudar, mas o governo não quer ajuda”, disse o presidente da Câmara, segundo deputados que estavam ao seu lado no momento do telefonema. “Eu sou a boa política, e não a velha política. Mas se acham que sou a velha, estou fora.
Carlos Bolsonaro, famoso pelas polêmicas nas redes sociais , também falou sobre Maia no seu Instagram: “Por que o presidente da Câmara está tão nervoso?”. Dias antes, Maia já havia sido chamado de “achacador”.
Segundo o Estadão , o presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado a conter seu filho para evitar uma crise em um momento crucial para a aprovação da Nova Previdência. No churrasco na casa de Maia no último sábado (16), um interlocutor também já teria dito a Bolsonaro que ou ele dava “um basta” na guerra promovida nas redes sociais ou a situação ficaria complicada para o governo.
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Nos bastidores, Rodrigo Maia teria atribuído a Jair Bolsonaro a responsabilidade de alimentar as manifestações do filho nas redes sociais. Para o presidente da Câmara, ao não condenar a ofensiva de ódio na internet, Bolsonaro despreza o seu trabalho de articulador político da reforma da Previdência.