Rodrigo Maia e Sérgio Moro estão se desentendendo quanto às questões relativas ao pacote anticrime no Congresso
Divulgação/Ministério da Justiça
Rodrigo Maia e Sérgio Moro estão se desentendendo quanto às questões relativas ao pacote anticrime no Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta quarta-feira (20), de desrespeitar um acordo feito com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que previa priorizar a tramitação da reforma da Previdência sobre qualquer outra, assim como sobre o pacote anticrime. 

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"Moro está desrespeitando acordo meu com o governo. Nosso acordo é priorizar a reforma da Previdência. Espero que ele entenda que hoje ele é ministro de Estado. Ele está abaixo do presidente. Eu já disse a ele que esse projeto vai ser posterior à Previdência", reagiu Maia, que disse ainda que Sérgio Moro é "um funcionário de Bolsonaro", e não um homem eleito pelo povo.

Em sua declaração, o presidente da Câmara ainda disse que não falou pessoalmente com Moro a respeito do assunto e acusou o ministro de fazer "copia e cola" de outro projeto que já tramita na Casa. Para Rodrigo Maia , não há nada de novo no texto apresentado pelo ministro da Justiça, que vem cobrando publicamente por uma tramitação da matéria no Congresso.

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"Funcionário do presidente Bolsonaro ?", reagiu Maia ao ser questionado se havia conversado com Moro. "Converso com o presidente Bolsonaro e se o presidente Bolsonaro quiser, conversa comigo. Eu fiz aquilo que acho correto", disse.

"O projeto é importante. Aliás, ele está copiando projeto do ministro Alexandre de Morais, copia e cola. Então têm poucas novidades no projeto dele", completou Maia.

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Por fim, questionado se estava irritado com a pressão de Sérgio Moro sobre a matéria, Maia afirmou que não e ponderou que o ministro conhece “pouco a política”. "Não estou irritado, mas acho que ele conhece pouco a política", afirmou. "Ele está confundido as bolas. Ele não é presidente da República. Não foi eleito para isso. Tá ficando uma situação ruim para ele", finalizou Maia. 

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