Agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) cumprem, desde as primeiras horas desta quarta-feira (20), quatro mandados de prisão em São Paulo. As medidas são em decorrência de mais uma etapa da Operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato, que apura um esquema de corrupção supostamente chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
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Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do estado, que também determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os alvos da operação são doleiros que estariam dentro do esquema de Cabral. A Lava Jato chegou aos seus nomes a partir das delações premiadas dos outros doleiros Vinicius Clarer, conhecido como Juca, e Cláudio Fernando Barboza, o Tony.
Ao todo, são três mandados de prisão preventiva. Eles são contra os doleiros Sérgio Guaraciaba Martins Reinas, conhecido como Roma e Mister, e Nissim Chreim, o Miojo. Também há um mandado contra Thânia Nazli Battat Chreim. Por fim, também foi expedido um mandado de prisão temporária para Jonathan Chahoud Chreim.
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Os mandados de busca e apreensão são sete e estão sendo cumpridos todos em endereços comerciais e residenciais dos alvos citados acima, na capital paulista.
Em junho, o Ministério Público Federal denunciou 62 pessoas. Entre os denunciados estão o ex-governador Sérgio Cabral e o doleiro Dario Messer. O grupo é acusado de formar uma organização criminosa, que promoveu evasão de divisas e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o esquema teria começado na década de 1990.
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Essa mesma operação, em maio, prendeu 30 pessoas em quatro estados. Os alvos eram doleiros suspeitos de movimentarem R$ 1,6 bilhão em 52 países. O principal alvo desse desdobramento já era Darío Messer, apontado como o doleiro mais influente do País. Além da Lava Jato , esse mesmo doleiro já foi investigado pelos esquemas do Banestado e do Mensalão.
* Com informações da Agência Brasil.