Selma Arruda, ex-juíza eleita senadora pelo PSL, enfrenta ação de cassação; ela é conhecida como 'Moro de saias'
Marcos Oliveira/Agência Senado
Selma Arruda, ex-juíza eleita senadora pelo PSL, enfrenta ação de cassação; ela é conhecida como 'Moro de saias'

A senadora Selma Arruda (PSL), eleita por Mato Grosso no pleito de outubro do ano passado, está enfrentando uma ação que pede a cassação do seu mandato, por suspeita de abuso de poder econômico e de gastos ilícitos de campanha. Ela, que é conhecida como a 'Moro de saias', é acusada de ter feito uso de R$ 1,2 milhão em caixa dois.

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A Procuradoria Regional Eleitoral em Mato Grosso requereu ao Tribunal Regional Eleitoral a cassação da sua diplomação e de seus suplentes. No caso da cassação confirmada de Selma Arruda , o partido do presidente Jair Bolsonaro perderia quatro senadores eleitos no ano passado. 

O documento consta das alegações finais da ação de investigação judicial eleitoral, que corre desde outubro. Já o julgamento da Justiça Eleitoral deverá ocorrer ainda neste mês de março.

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Ex-juíza , Selma se tornou conhecida nacionalmente por ter tomado decisões judiciais contra políticos importantes no estado. Foi ela quem determinou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (MDB) e do ex-presidente da Assembleia de Mato Grosso José Geraldo Riva (PSD).

Por conta disso, ela ganhou o apelido de ' Moro de saias ', sendo a senadora mais bem votada no estado no ano passado. Se for cassada, a senadora pode ainda ficar inelegível e o estado pode ter que passar por uma nova eleição para preencher a sua vaga no Congresso Nacional .

De acordo com as apurações do Ministério Público Federal, a ex-juíza contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral de, no mínimo, R$ 1,2 milhão, "as quais foram quitadas com recursos de origem clandestina que não tiveram regular trânsito pela conta bancária oficial", diz o relatório.

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Por sua vez, Selma Arruda  se diz inocente e afirma que os recursos utilizados seriam de um empréstimo de R$ 1,5 milhão que teria feito junto ao seu suplente, Gilberto Possamai (PSL). A parlamentar conta ainda que ele teria depositado em sua conta pessoal o valor, ainda em abril de 2018, e, portanto, o montante não seria proveniente de doação de campanha e não poderia configurar como caixa dois.

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