Os conflitos armados que tiveram como palco a fronteira entre a Venezuela e o Brasil no último fim de semana foram pauta de reunião, no Palácio do Planalto, entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os quatro comandantes das Forças Armadas, nesta segunda-feira (25).
Segundo o chefe de Logística e Mobilização do Exército, general Laerte de Souza Santos, a conclusão da discussão com Bolsonaro foi em manter a oferta de ajuda humanitária na fronteira, por meio da Operação Acolhida – ação humanitária com objetivo de atender aos venezuelanos que chegam ao Brasil – apesar da tentativa frustrada de envio de ajuda do governo federal no final de semana.
Dentre os outros comandantes presentes estiveram o da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior; do Exército, general Edson Leal Pujol; da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez; e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, interino, almirante Cláudio Portugal de Viveiros.
O encontro ocorreu após um fim de semana de tensão entre manifestantes e agentes de segurança da Venezuela , em Pacaraima (RR). Os cidadãos venezuelanos que estavam do lado do Brasil atiraram pedras contra os militares, que responderam com bombas de gás lacrimogênio e tiros.
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Uma ambulância que entrou no Brasil, neste domingo (25) ainda trouxe três feridos por arma de fogo e outras 13 pessoas vieram ao país para receber atendimento médico.
Na noite de ontem, o Ministério da Defesa divulgou nota informando que intercedeu para que novos incidentes na fronteira não voltem a se repetir e que os veículos antidistúrbios, que estavam na barreira montada no país vizinho, recuaram imediatamente.
Já no lado brasileiro, os venezuelanos foram “controlados” para evitar novos confrontos e a fronteira continua aberta a fim de acolher os refugiados, de acordo com o Ministério.
Enquanto isso, Bolsonaro enviou a Bogotá, na Colômbia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão , e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para participarem de um encontro do Grupo de Lima, formado por países das Américas, a fim de discutirem sobre a crise na Venezuela.
*Com informações da Agência Brasil.