Inquérito investiga
Divulgação/Alerj - 5.10.16
Inquérito investiga "negociações relâmpago de imóveis” que resultaram no “aumento exponencial” do patrimônio de Flávio Bolsonaro

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, remeteu nesta quinta-feira (21) ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro o inquérito que investiga se o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, praticou crime de lavagem de dinheiro na negociação de imóveis.

O caso já  era investigado pela Polícia Federal , no entanto, após Flávio Bolsonaro se eleger senador, houve dúvida no Ministério Público Federal sobre em qual instância deveria tramitar o inquérito. A Procuradoria-Geral da República, decidiu então, enviar à Procuradoria da República, levando em consideração a regra do Supremo Tribunal Federal (STF) que limita o foro se o suposto crime tiver sido cometido no mandato e em razão dele.

Esse inquérito investiga "negociações relâmpago de imóveis” que resultaram no “aumento exponencial” do patrimônio de Flávio. 

Os fatos são apurados também do ponto de vista eleitoral. Nesse caso, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro está fazendo a análise sobre se Flávio cometeu crime ao declarar à justiça eleitoral imóveis com valores incompatíveis com os avaliados no mercado. A PGR já havia dito que a procuradoria regional eleitoral detém a competência de analisar esse caso.

As negociações de imóveis citadas pela Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro no inquérito encaminhado à PGR já foram comentadas anteriormente pelo filho mais velho do presidente. O caso não tem relação direta com a investigação sobre supostos crimes envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz , que segue nas mãos do Ministério Público fluminense.

Nessa investigação, os promotores do Rio receberam relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta 48 depósitos em dinheiro efetuados na conta de Flávio entre junho e julho de 2017.

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O senador Flávio Bolsonaro alegou que o dinheiro se referia a parte do pagamento recebido pela venda de um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro pela quantia de R$ 2,4 milhões. A versão, posteriormente, foi corroborada pelo comprador do imóvel, o ex-jogador de vôlei Fábio Guerra. 

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