Condenado a 12 anos e 11 meses no caso do sítio de Atibaia, ex-presidente Lula diz que é inocente e vai recorrer
Ricardo Stuckert
Condenado a 12 anos e 11 meses no caso do sítio de Atibaia, ex-presidente Lula diz que é inocente e vai recorrer


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar, neste sábado (16), que é inocente no caso envolvendo o sítio de Atibaia, sua segunda sentença condenatória na Operação Lava Jato , e afirmou que vai recorrer sobre a decisão.

Em sua conta em uma rede social, Lula divulgou uma foto em que aparece um trecho da intimação da sentença do processo do sítio de Atibaia recebida por ele. Na imagem, é possível ler o recado que o ex-presidente deixou depois de assinar o documento: "Não reconheço a legitimidade dessa sentença, sou inocente, por isso vou recorrer", escreveu.

O post, feito no Twitter,  afirma que Lula "recebeu ontem a intimação de mais uma sentença política" e "escreveu a resposta no documento". Confira a publicação:





O petista foi condenado, no último dia 6, a 12 anos e 11 meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença foi proferida pela juíza Gabriela Hardt , que entendeu que Lula  praticou o crime de lavagem ao supostamente ter sido beneficiado por valor que soma R$ 870 mil em reformas realizadas pela Odebrecht e pela OAS no sítio Santa Bárbara , frequentado pelo ex-presidente e por sua família no interior de São Paulo. O imóvel, no papel, pertence ao empresário Fernando Bittar, que também foi condenado (confira lista de condenações mais abaixo).

Já o crime de corrupção atribuído ao ex-presidente , segundo apontou a juíza Hardt, foi cometido por meio da assinatura de quatro contratos da Odebrecht com a Petrobras que envolveram repasse de R$ 85,4 milhões ao "núcleo de sustentação" da Diretoria de Serviços da estatal, diretoria essa vinculada ao Partido dos Trabalhadores (PT) por meio da atuação de Renato Duque e Pedro Barusco.

Leia também: Nove perguntas e respostas para entender a condenação de Lula no caso do sítio

A substituta de Moro na Lava Jato considerou que foi "amplamente comprovado" que a família do ex-presidente era "frequentadora assídua" do sítio de Atibaia e "usufruiu como se dona fosse, inclusive mais do que seu proprietário formal, Fernando Bittar". 




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