![Sítio de Atibaia atribuído pela Lava Jato a Lula pertence oficialmente a Fernando Bittar, amigo da família do petista Sítio de Atibaia atribuído pela Lava Jato a Lula pertence oficialmente a Fernando Bittar, amigo da família do petista](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/ah/0v/x4/ah0vx494j4vrfr9830rxawo0o.jpg)
Responsável pela sentença que condenou Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão, a juíza federal Gabriela Hardt formalizou o pedido para que o cartório de imóveis da região de Bragança Paulista formalize o confisco do sítio de Atibaia, produto, segundo a sentença, de crimes cometidos pelo ex-presidente.
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O sítio de Atibaia – que leva o nome de Sítio Santa Bárbara – deve ser lacrado pela Justiça Federal e permanecer confiscado até uma nova decisão. A carta precatória foi enviada na última quinta-feira (08) à Justiça Federal de Bragança Paulista, cidade vizinha de onde está localizada a propriedade.
Apesar do confisco, a juíza deixa claro que o sítio Santa Bárbara não pertence a Lula, mas sim a Fernando Bittar , como já estava esclarecido na sentença proclamada na última quarta-feira (6).
Os crimes estão nas benfeitorias feitas no imóvel, o que se refere a reformas custeadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. Ao não ver como confiscar apenas o que foi reformado, a juíza determinou o confisco de todo o sítio.
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“Diante disto, não vislumbrando como realizar o decreto de confisco somente das benfeitorias, decreto o confisco do imóvel, determinando que após alienação, eventual diferença entre o valor das benfeitorias objeto dos crimes aqui reconhecidos e o valor pago pela totalidade do imóvel seja revertida aos proprietários indicado no registro”, escreveu a magistrada.
Entenda a condenação de Lula na ação do sítio de Atibaia
![Documento da Polícia Federal mostra fotos de Lula com engenheiro Paulo Gordilho em churrasco no sítio de Atibaia Documento da Polícia Federal mostra fotos de Lula com engenheiro Paulo Gordilho em churrasco no sítio de Atibaia](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/22/3e/4e/223e4ekmek6g49ure8pbxf4ef.jpg)
Em sentença de 360 páginas, a magistrada Gabriela Hardt entendeu que Lula praticou o crime de lavagem ao supostamente ter sido beneficiado por valor que soma R$ 870 mil em reformas realizadas pela Odebrecht e pela OAS no sítio Santa Bárbara, frequentado pelo ex-presidente e por sua família no interior de São Paulo. O imóvel, no papel, pertence ao empresário Fernando Bittar, que também foi condenado.
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Já o crime de corrupção atribuído ao ex-presidente, segundo apontou a juíza, foi cometido por meio da assinatura de quatro contratos da Odebrecht com a Petrobras que envolveram repasse de R$ 85,4 milhões ao "núcleo de sustentação" da Diretoria de Serviços da estatal, diretoria essa vinculada ao Partido dos Trabalhadores (PT) por meio da atuação de Renato Duque e Pedro Barusco.
A substituta de Moro na Lava Jato considerou que foi "amplamente comprovado" pela Lava Jato que a família do ex-presidente era "frequentadora assídua" do sítio de Atibaia e "usufruiu como se dona fosse, inclusive mais do que seu proprietário formal, Fernando Bittar".