Rodrigo Maia declarou que a proposta do governo federal é
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia declarou que a proposta do governo federal é "muito boa", apesar de não ter tido acesso ao texto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)  se reuniu com o ministro da Economia Paulo Guedes no início da tarde de hoje (5) para falar sobre a reforma da previdência. Maia deve assumir a articulação para aprovação do projeto e afirmou que o objetivo é conseguir entre 320 e 330 votos favoráveis à proposta do governo em até dois meses.

"O nosso problema é garantir em dois meses que a reforma da Previdência tenha 320, 330 deputados a favor. Esse é o desafio, e que a gente começa a trabalhar hoje", afirmou Rodrigo Maia em entrevista ao lado de Paulo Guedes . Por se uma proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência  precisa de pelo menos três quintos dos votos (308 dos 513) para ser aprovada na Câmara e enviada ao Senado.

Rodrigo Maia acredita que se a Câmara aprovar o projeto até maio, a PEC será aprovada no Senado entre junho e julho.  Depois da reunião com o ministro da Economia, Maia disse que a proposta do governo federal é "muito boa" porque "vem agregando ideias". No entanto, ele afirmou que não teve acesso ao texto, mas reforçou que o tema é importante. "Acho que é uma proposta que está olhando para o futuro do Brasil, o futuro do nosso sistema previdenciário", declarou.

O ministro da Economia calcula que o Estado economizará R$ 1 trilhão em dez anos com a aprovação da reforma. No ano passado, de acordo com o Tesouro Nacional, o sistema previdenciário registrou déficit de R$ 290,2 bilhões.

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Em dezembro de 2016, uma proposta de reforma foi enviada à Câmara em dezembro de 2016 e chegou a ser aprovado pela comissão especial, em maio de 2017, mas não avançou desde então.

Na avaliação do presidente da Câmara, a reforma da Previdência não avançou no governo Michel Temer porque setores da sociedade disseminaram conteúdo falso sobre a proposta. O ex-presidente Temer, por sua vez, aponta a divulgação das delações de executivos da JBS, também em maio de 2017, como a principal causa para a estagnação do projeto.

Na última sexta-feira (1), quando foi reeleito presidente da Câmara, Rodrigo Maia defendeu em seu discurso que as reformas precisam ser "pactuadas". "Precisamos comandar as reformas de forma pactuada junto com todos os governadores, prefeitos e partidos políticos. Nada vai avançar se não trouxermos para o debate aqueles que estão sofrendo pela inviabilização do Estado", falou.

Assim como Rodrigo Maia , o presidente do Senado, Davi Alcolumbre,  também se referiu à necessidade de aprovação da reforma da Previdência em seu primeiro discurso e, da mesma forma, pediu por uma união entre os poderes.

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