O primeiro projeto apresentado em 2019 na Câmara dos Deputados, de autoria do deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante), quer transformar a bíblia em "patrimônio nacional, cultural e imaterial do Brasil e da Humanidade".
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O deputado justificou o projeto dizendo que a bíblia é o livro mais antigo e "mais lido da humanidade", e afirmou que é "é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para os cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral".
"É correto dizer, já na autoridade do Espírito Santo, que o livro que passo a defender como Patrimônio Imaterial Cultural da Nação brasileira e da Humanidade já é reconhecido por seu vasto poder terapêutico, curador, histórico, libertador, restaurador, revelador e principalmente profético, cuja capacidade de milagres comprovados já ganhou legitimidade da ciência", disse Isidório.
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O parlamentar foi o segundo a chegar na Câmara, mas a ideia de "homenagear" a bíblia sensibilizou a deputada Carla Zambelli (PSL), que deu a vez ao colega e o deixou ser o primeiro da fila. Segundo Isidório, um projeto semelhante foi apresentado por ele e aprovado por "unanimidade" pela Assembleia Legislativa da Bahia, quando era deputado estadual.
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Ele propôs ainda "proibir o uso do nome e/ou título Bíblia ou Bíblia Sagrada em qualquer publicação impressa e/ou eletrônica com conteúdo (livros, capítulos e versículos) diferente do já consagrado há milênios pelas diversas religiões cristãs".
Isidório é evangélico e já foi policial militar. Ele também já afirmou que é "ex-gay" e que "a palavra de Deus" o ajudou a deixar de ser homossexual. "Como ex-gay, posso dizer: eu sou curado", disse.
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Ao todo, 415 propostas foram protocoladas nessa segunda-feira, quando se iniciou o prazo para que pedidos de criação de CPIs ou projeto de lei sejam apresentados na Câmara.