O ex-presidente Lula escreveu uma carta para o irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, e sua família, de acordo com a jornalista da Folha de S. Paulo , Mônica Bergamo. Semanas antes da morte de Vavá, Lula aconselhou que o irmão, que tinha problemas de locomoção, passasse a dormir no piso de baixo da sua casa de dois andares em São Bernardo (SP).
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Vavá morreu na última quarta-feira (30) aos 79 anos, vítima de câncer. Lula , que está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, pediu autorização para comparecer ao velório e ao enterro do irmão, previsto para a tarde do mesmo dia. A juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais de Curitiba, negou o pedido do ex-presidente com base na justificativa de que a "permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso".
A Superintendência da Polícia Federal, por sua vez, declarou-se "impossibilitada de garantir a ordem pública e a segurança do preso". O desembargador de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª região, Leandro Paulsen.
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O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal e o ministro Dias Toffoli autorizou a saída do ex-presidente, afirmando que a PF "não deveria obstar o cumprimento de um direito assegurado". No entanto, Toffoli determinou que o ex-presidente poderia apenas ir para uma unidade militar na região do ABC, para onde o corpo poderia ser levado.
Àquela altura, Vavá
já estava sendo velado e foi sepultado minutos depois da decisão. O ex-presidente e seus advogados entenderam que não havia mais tempo hábil. Por isso, ele desistiu do deslocamento e permaneceu em Curitiba.
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De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula afirmou que não o deixaram ir "por pura maldade". "Não posso fazer nada porque não me deixaram ir. O que eu posso fazer é ficar aqui e chorar", lamentou Lula. Líderes e militantes do Partido dos Trabalhadores usaram as redes sociais para criticar as decisões judiciais.