Horas após a decisão do ministro Dias Toffoli de liberar a ida de Lula a São Bernardo do Campo para acompanhar o velório de seu irmão Genival Inácio da Silva , o Vavá, o petista e seus advogados entenderam que não havia mais tempo hábil, já que o enterro já tinha acontecido. Através de mensagem passada à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-presidente chamou as decisões judiciárias de “pura maldade”.
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“Não deixaram que eu me despedisse do Vavá por pura maldade. Não posso fazer nada porque não me deixaram ir. O que eu posso fazer é ficar aqui e chorar”, lamentou Lula , segundo Gleisi Hoffmann.
As negativas da Polícia Federal do Paraná, da juíza Carolina Lebbos e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região sobre a saída do ex-presidente da Superintendência da PF em Curitiba para acompanhar o velório foram justificadas pela dificuldade logística e questões de segurança.
Toffoli, porém, entendeu que é um direito do preso, através do Artigo 120 do Código de Execução Penal, acompanhar o velório de irmãos, cônjuges e filhos, mas exigiu que não acontecesse qualquer comício ou pronunciamento durante o velório.
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Líderes do PT atacam Moro e juíza Lebbos nas redes sociais por decisão com Lula
Líderes do Partido dos Trabalhadores usaram as redes sociais e criticaram as decisões judiciais que impediram o ex-presidente de acompanhar o velório. Segundo eles, as ações provaram que o petista é um preso político.
Líder do PT na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta também atacou Sérgio Moro e disse que o ex-presidente é um “refém de Moro”.
“O presidente não vai para São Bernardo do Campo porque ele não irá se submeter ao circo que Sérgio Moro armou”, escreveu Pimenta no Twitter.
Veja as reações de petistas no Twiiter:
Com as decisões, Luiz Inácio Lula da Silva segue preso na Superitendência da Polícia Federal de Curitiba. O petista está detido desde 07 de abril de 2018 e cumpre condenação de 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.