Um dia antes do início dos trabalhos para a nova legislatura no Senado Federal, senadores se reuniram para tentarem convencer Simone Tebet (MDB-MS) a trocar de partido e aumentar suas chances de vencer a eleição para presidir a Casa. O pleito acontece nesta sexta-feira (1º) e Renan Calheiros (MDB-AL), é o grande favorito, mas opositores acreditam que Tebet pode derrota-lo se deixar a sigla já dominada por Calheiros.
Leia também: Número de candidatos pode atrasar definição sobre próximo presidente do Senado
No acordo, candidatos à presidência do Senado sinalizaram que podem abrir mão de suas candidaturas para apoiarem Simone Tebet . A senadora, no entanto, precisaria deixar o MDB e migrar para um outro partido. O Podemos, por meio do senador Alvaro Dias , fez o convite de filiação para a parlamentar do Mato Grosso do Sul.
Fizeram parte da reunião com Tebet em Brasília os senadores Alvaro Dias (Pode), Esperidião Amin (PP), Major Olímpio (PSL), Angelo Coronel (PSD), Tasso Jeiressati (PSDB) e Davi Alcolumbre (DEM). Todos declararam interesse de se candidatarem à presidência do Senado .
Ficou acertado que, se Tebet trocar de partido, os outros senadores não só abrirão mão de suas candidaturas, como apoiarão a senadora.
Voto secreto pode prejudicar Simone Tebet
Outra tática dos opositores de Renan Calheiros para derrotarem o senador de Alagoas é o fim da votação secreta. Pedidos para que a votação seja aberta foram feitos ao Supremo Tribunal Federal, mas o ministro Dias Toffoli decidiu manter o formato de votação.
Alguns parlamentares acreditam que Renan perde força na votação aberta, já que muitos parlamentares não declaram voto e devem apoiar o senador alagoano. Opositores pedem que, antes da votação, um novo pleito seja aberto no Senado para que os senadores decidam sobre o forma de votar.
Na quarta-feira (30), Simone Tebet deixou a liderança do MDB justamente por discordar do apoio do partido a votação secreta. A decisão deu força para que outros senadores tentassem convencer a senadora a trocar de sigla.