Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz provocou desgaste à imagem da família do presidente
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Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz provocou desgaste à imagem da família do presidente

O ex-policial militar Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) enquanto deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), confirmou que passou por ele a contratação de parentes de um ex-capitão do Bope suspeito de ligação com a milícia .

A versão  corrobora com o que foi dito mais cedo nesta terça-feira (22) pelo filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com nota divulgada pela defesa de Fabrício Queiroz , a mãe e a esposa de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia denominada 'Escritório do Crime', foram indicadas para o gabinete de Flávio porque Queiroz "se solidarizou" com a situação de Nóbrega, que estava "injustamente preso".

"Vale frisar que o Sr. Fabrício solicitou a nomeação da esposa e mãe do Sr. Adriano para exercerem atividade de assessoria no gabinete em que trabalhava, uma vez que se solidarizou com a família que passava por grande dificuldade, pois à época ele estava injustamente preso, em razão de um auto de resistência que foi, posteriormente, tipificado como homicídio, caso este que já foi julgado e todos os envolvidos devidamente inocentados", diz a nota.

De acordo com o ex-segurança e ex-motorista da família Bolsonaro, ele conheceu o ex-capitão Adriano no 18º Batalhão de Polícia Militar, em Jacarepaguá, onde trabalharam juntos. 

Adriano está foragido após ter sido um dos alvos da Operação Intocáveis, deflagrada nesta manhã pelo Ministério Público e Polícia Civil visando combater a grilagem de terras praticada por milícia  na zona oeste do Rio de Janeiro.

Ao responsabilizar seu ex-assessor pela contratação de Raimunda Veras Magalhães (mãe de Adriano) e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega (esposa do mesmo), Flávio Bolsonaro se disse "vítima de campanha difamatória" e frisou que "aqueles que cometem erros devem responder por seus atos".

As duas parentes do suspeito de envolvimento com a milícia trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro enquanto deputado estadual até novembro de 2018, quando foram exoneradas. Ambas ocupavam cargos com salário de R$ 6.490,35.

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Além da participação direta em mais esse episódio rendeu polêmica para o filho mais velho do presidente, Fabrício Queiroz também já motivou desgaste para a imagem da família Bolsonaro após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentações atípicas em contas do ex-assessor. Entre essas transações, que totalizaram R$ 1,2 milhão, constava depósito de R$ 24 mil à hoje primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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