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Reprodução/Flickr/Governo de Transição
Seguida de um "joinha", a mensagem de Bolsonaro dirigida ao PT e ao PSOL pode ser interpretada como uma ironia

Pelo Twitter, como de praxe, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse lamentar a ausência de PT e PSOL, partidos da oposição, em sua cerimônia de posse no dia 1º de janeiro de 2019, em Brasília. Seguida de um sinal de positivo (ou "joinha"), a publicação dirigida a seus adversários políticos pode ser interpretada como uma ironia. 

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O PT anunciou, em nota assinada por Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Paulo Pimenta, que seus deputados e senadores não participariam da solenidade na manhã desta sexta-feira (28). O PSOL se comunicou pelo Twitter, por meio de seu presidente Juliano Medeiros, que também confirmou a ausência de representantes do partido no evento.

Segundo o PT, o resultado das urnas é legítimo, mas a lisura do processo eleitoral foi descaracterizada pelo "golpe de impeachment ", pela proibição "ilegal" da candidatura do ex-presidente Lula e pela "manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras" sobre Fernando Haddad. Para o partido, faltar à cerimônia é um ato de resistência e de protesto contra "o ódio, a intolerância e a discriminação."

O presidente do PSOL, por sua vez, disse não ser possível "prestigiar" alguém que despreza os direitos humanos, é submisso aos Estados Unidos e promete "destruir" os direitos sociais. "Como é de praxe, o TSE convidou toda a bancada do PSOL para a posse do novo presidente. [Mas] Não vamos à posse. Nossa resistência já começou."




A Executiva Nacional do PSOL divulgou uma nota na mesma linha. "A posse é um ato formal da Justiça Eleitoral, mas também é um momento de festa. Mas para o PSOL não há nada a comemorar. O governo que se iniciará no próximo dia 1º tem como princípios o ódio, o preconceito, a intolerância e a violência", escreveu o partido.

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Não é a primeira vez, porém, que um partido de oposição – como é o caso de PT e PSOL  agora – boicota uma cerimônia de posse do novo presidente da República. Em 2014, os representantes de PSDB e DEM também se ausentaram da solenidade que marcou o início do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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