Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves é alvo de desdobramento da Lava Jato; ele também é acusado de formação de quadrilha
Janine Moraes/MinC
Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves é alvo de desdobramento da Lava Jato; ele também é acusado de formação de quadrilha

Uma força-tarefa formada por agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e da Polícia Civil prendeu, nas primeiras horas desta segunda-feira (10), o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves. Suspeito de ter desviado mais de R$ 10 milhões da verba de transporte do município entre 2014 e 2018, Neves é acusado pelos crimes de corrupção de formação de organização criminosa. 

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Além do prefeito, são alvos da ação o ex-secretário municipal de Obras Domício Mascarenhas de Andrade e três empresários do ramo de transporte público rodoviário. A investida é desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. De acordo com o MP-RJ, as empresas de ônibus pagavam propina aos agentes públicos de Niterói .

Assim que chegou à Cidade da Polícia, no Jacaré, Rodrigo Neves falou com a imprensa, afirmando "estranhar muito" esse tipo de ocorrência, envolvendo o seu nome. Ele nega que tenha recebido propina, dado que fecha suas "contas como qualquer cidade de classe média". 

“Trabalho desde os 18 anos de idade, 20 anos de vida pública, não viajo pro exterior, tenho três filhos lindos, fecho minhas contas como qualquer cidadão de classe média, vivo em um imóvel simples. Me estranha muito esse tipo de ocorrência”, afirmou o prefeito.

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O Tribunal de Justiça expediu os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão que estão sendo cumpridos nesta operação. Os mandados foram cumpridos no gabinete do prefeito, nas sede de oito empresas de ônibus, nos escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit e no Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj).

Chamada de Operação Alameda, esse desdobramento Lava Jato é resultado de um acordo de colaboração premiada firmado pelo empresário Marcelo Traça com o Ministério Público Federal (MPF) e também do compartilhamento de provas, autorizado pelo Juízo da 7ª Vara Federal.

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Essa não é a primeira vez que o prefeito de Niterói é citado na Lava Jato. Rodrigo Neves já havia aparecido em delações, sendo acusado de fraudar licitações para favorecer empresas e de receber dinheiro de caixa 2 para campanha.

* Com informações da Agência Brasil.

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