De chinelo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, participa de hasteamento de bandeira na cadeia
Reprodução/TV Globo
De chinelo, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, participa de hasteamento de bandeira na cadeia

Preso desde o dia 29 de novembro, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), não tem mais compromissos oficiais de político para cumprir, como despachos ou encontros no Palácio da Guanabara. Porém, nesta sexta-feira (7), ele foi flagrado participando do hasteamento da bandeira no pátio do quartel da Polícia Militar em Niterói, compromisso que terá que cumprir, todas as sextas, como detento da unidade.

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O governador foi preso na Operação Boca de Lobo. De acordo com as investigações, além de ter feito parte do esquema de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral, Pezão também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor deixou o poder. Por conta disso, ele foi o primeiro governador do Rio a ser preso durante o exercício do cargo. 

O governador está detido sozinho em uma sala sem grades, mas monitorado por câmeras, e cumpre todas as regras aplicadas aos demais internos, como tomar sol diariamente e comer as mesmas refeições que são servidas a todos os demais. Atender à cerimônia de hasteamento, todas as sextas-feiras, também é uma das novas obrigações do político.

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Segundo as imagens registradas pela Globo News , o governador do Rio estava vestindo uma camiseta branca, uma bermuda e um chinelo, o uniforme de onde está preso. É possível perceber, no entanto, que os demais detentos usam meias grossas e tênis. Não ficou claro o motivo do calçado diferente usado pelo governador.

Durante a cerimônia de hasteamento , os policiais lotados no quartel também são chamados a participar. Nas imagens, inclusive, é possível perceber que um deles prestou continência ao governador durante o compromisso. 

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Apesar de preso, Pezão ainda chefia o Executivo do Rio de Janeiro e, por isso, possui algum tratamento diferenciado dentro da prisão. É possível que ele sofra um impeachment antes do fim do ano, quando seu mandato se encerraria e ele daria espaço para o futuro governador Wilson Witzel, no Palácio de Guanabara. 

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