Ernestro Fraga rebateu críticas feitas por Celso Amorim, chanceler nos dois governos do ex-presidente Lula
Valter Campanato/Agência Brasil
Ernestro Fraga rebateu críticas feitas por Celso Amorim, chanceler nos dois governos do ex-presidente Lula

futuro ministro das Relações Exteriores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o embaixador Ernestro Fraga Araújo, afirmou em uma publicação no Twitter que o Brasil “não ficará de quatro diante das ditaduras”. Segundo o novo chanceler, o objetivo da “nova política externa” será “negociar bons acordos comerciais”.

Aos leitores, Ernestro Fraga disse para que “não se preocupem”, pois o “Brasil terá os pés no chão, mas a cabeça erguida”. “Os pés no chão, mas não a cabeça enfiada na terra para não ver o grande embate mundial entre globalismo e liberdade. Os pés no chão, mas não plantados no mesmo lugar, e sim caminhando passo a passo rumo ao nosso destino”, escreveu o novo chanceler.

Em outra publicação na rede social, o futuro ministro das Relações Exteriores rebateu críticas feitas por Celso Amorim, chanceler nos dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao jornal O Globo, e disse que fará um "exame minucioso" da política externa do PT.

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“Celso Amorim diz que represento um retorno à Idade Média. Não entendi se é crítica ou elogio, mas informo que não retornaremos à Idade Média, pois temos muito a fazer por aqui, a começar por um exame minucioso da “política externa ativa e altiva” em busca de possíveis falcatruas”, escreveu.

A escolha de Araújo para ministro das Relações Exteriores não foi propriamente uma surpresa no Itamaraty, pois já era cotado há várias semanas para o cargo. As polêmicas declarações de Araújo em seu blog pessoal vem ganhando repercussão internacional, incluindo uma matéria no jornal britânico, The Guardian, publicada nesta quinta-feira (15). 

Em uma das publicações, o novo chancelar disse que acredita que a mudança climática é um dogma científico influenciado pela cultura marxista, que pretende atrapalhar o Ocidente e beneficiar a China. Ele também vem defendendo as ideias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

“Esse dogma vem servindo para justificar o aumento do poder regulador dos Estados sobre a economia e o poder das instituições internacionais sobre os Estados nacionais e suas populações, bem como para sufocar o crescimento econômico nos países capitalistas democráticos e favorecer o crescimento da China”, escreveu o futuro chanceler em seu blog, o Metapolítica 17, no último dia 12 de outubro. 

Durante uma coletiva na quarta (14), Ernestro Fraga disse que irá "em busca de uma política efetiva em função do interesse nacional, em função de um Brasil atuante, um Brasil feliz, um Brasil próspero". 

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