O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), confirmou nesta terça-feira (6) a possibilidade de criar o 'ministério da família'
e deixar a pasta sob o comando do senador Magno Malta (PR). Em conversa com jornalistas nesta tarde, Bolsonaro também abriu a possibilidade de enviar o general Augusto Heleno, tido até aqui como 'superministro' da Defesa, para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) – hoje ocupado pelo general Sérgio Etchegoyen.
"No que depender de mim, Heleno pode ir para o GSI", disse Bolsonaro após reunião com o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal, em Brasília. O futuro presidente ponderou que ainda "vai pensar" nessa possibilidade, surgida a partir do desejo de ter o general Augusto Heleno por perto no dia a dia do governo, uma vez que o gabinete do GSI é situado no Palácio do Planalto.
General da reserva do Exército, Heleno foi escalado como coordenador do grupo de trabalho voltado a ações de Defesa na equipe do governo de transição, que começou a ser anunciada nessa segunda-feira (5). Até o fim da semana passada, o próprio Bolsonaro se referia ao general como um dos seus três 'superministros', ao lado de Paulo Guedes (Fazenda) e Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública).
De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo , o presidente eleito cogita "alguém da Marinha" para assumir seu Ministério da Defesa, caso a ida de Heleno para o GSI se confirme. Perguntado se aceitaria o novo cargo, o general disse que "vai pensar" na proposta, caso ela se efetive.
Além do general Augusto Heleno, Magno Malta entra na ciranda de cargos
Também durante sua rápida entrevista nesta tarde, Bolsonaro confirmou a possibilidade de ter Magno Malta, um dos seus aliados mais atuantes durante a campanha eleitoral, como titular no chamado ' ministério da família '.
O presidente eleito explicou que "a questão da família é importante" em seu projeto e se limitou a dizer que "é possível" promover a fusão das atuais pastas do Desenvolvimento Social e dos Direitos Humanos para entregar o novo ministério a Malta.
Outrora cotado até mesmo a ser vice do presidente eleito, Magno Malta já atuou na base aliada dos governos Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer no Congresso Nacional. No último fim de semana, apoiadores de Bolsonaro chegaram a levantar a campanha #MagnoMaltaNão em protesto contra a possível nomeação do senador para um cargo no futuro governo.
Além da possível troca das atribuições do general Augusto Heleno, novos nomes para o governo de transição devem ser anunciados até a sexta-feira (9). Bolsonaro já elencou 28 pessoas para sua equipe e ainda tem mais 27 nomeações disponíveis.