A advogada Janaína Paschoal comentou, na manhã desta quinta-feira (1º), a possibilidade do juiz federal Sérgio Moro ser convidado e aceitar ser o novo ministro da Justiça durante o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Para ela, a escolha pelo nome de Moro seria "natural" por parte de Bolsonaro, já que o magistrado "virou referência de Justiça". Além disso, Janaína ainda perguntou se alguém teria "medo de Moro" no comando do Ministério.
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"O Juiz Sérgio Moro virou referência de Justiça (no mundo). Parece natural que um Presidente, que quer otimizar o processo de depuração do país, convide aquele que virou referência de Justiça para dirigir o Ministério da Justiça! Quem tem medo de Moro
no MJ?", escreveu a advogada, em uma publicação em seu Twitter, por volta das 9h de hoje.
Enquanto Janaína Paschoal escrevia a mensagem, o juiz federal Sérgio Moro desembarcava no Rio de Janeiro, para se encontrar com Bolsonaro, ainda pela manhã. O encontro de Moro e Bolsonaro deve acontecer na residência do presidente, em um condomínio na Barra da Tijuca.
Após as eleições, o candidato eleito pelo PSL afirmou, durante entrevistas, que o juiz federal poderia assumir o Ministério da Justiça ou, futuramente, uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Por sua vez, o juiz federal agradeceu o convite, afirmando estar “honrado” pela lembrança e que “refletiria” sobre o assunto. “Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão.”
Para especialistas que acompanham o processo político, ocupar o Ministério da Justiça representa uma espécie de rito de passagem para, futuramente, ser nomeado para o Supremo.
O juiz federal de 46 anos ganhou notoriedade ao comandar, há quatro anos, o julgamento em primeiro instância dos processos relativos à Operação Lava Jato, nos quais foram envolvidos nomes como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu, empresários e parlamentares.
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Qaundo pergunta a respeito de quem teria medo de Moro , então, a advogada Janaína Paschoal – que, por sua vez, ganhou notoriedade durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff – se refere às pessoas que defendem que a prisão do ex-presidente Lula, assinada por Moro, foi uma prisão política.