A advogada Janaína Paschoal recusou nesta sábado (4) o convite para ser vice de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial e alegou questões familiares. Pelo Twitter, ela afirmou ter tomado a decisão após conversa com o Bolsonaro e com Gustavo Bebianno, presidente em exercício do PSL
"Por questões familiares, por ora, eu não posso me mudar para Brasília. A minha família não me acompanharia", justicou Janaína Paschoal pelo Twitter. A advogada pediu desculpas e prometou continuar "lutando por um país livre".
Janaína também aproveitou para defender o candidato do PSL. "Sou testemunha de que Bolsonaro não é machista. Ele me tratou de igual para igual, desde o primeiro momento. Sou testemunha de que ele não é autoritário, cedeu em muitos pontos. Todos puderam constatar a sua tolerância com os meus posicionamentos", afirmou.
A advogada era cotada como vice de Bolsonaro , entre outras razões, por ter sido a advogada que defendeu, no Senado, o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Embora do ponto de vista político a aliança com Janaína não acrescentasse muito a Jair Bolsonaro, já que a advogada não traz consigo partidos, tempo de TV ou dinheiro de fundo partidário, do ponto de vista simbólico a aliança com ela seria útil ao deputado.
Figura recorrente nas manifestações pela deposição de Dilma, Janaína foi contratada pelo PSDB para defender esta causa no Senado. Além disso, a entrada de uma mulher na chapa do ex-militar serviria para refutar parte das críticas a ele, que é considerado machista e misógino por declarações recorrentes que faz à imprensa.
Por fim, Janaína também emprestaria um “verniz intelectual” à campanha do deputado. Ligada a USP, ela tem, em tese, maior capacidade argumentativa que Bolsonaro, que já admitiu “não entender nada” de economia, por exemplo.
Sem Janaína Paschoal, Bolsonaro cogita príncipe
Na última segunda-feira (31), depois de participar do programa "Roda Viva" da TV Cultura, o candidato à Presidência disse a jornalistas que a escolha do vice em sua chapa havia se afunilado entre os nomes de Janaína Paschoal , do príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança e do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).