O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) informou nesta quarta-feira (31), em sua conta do Twitter, que não vai nomear condenados por corrupção nem tolerar “especulação maldosa e sem credibilidade” sobre os nomes que vão compor sua equipe. Os ministros de Bolsonaro serão divulgados em suas redes sociais.
“Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade“, escreveu em post sobre os ministros de Bolsonaro .
O posicionamento do presidente eleito veio após uma especulação de que o deputado federal Alberto Fraga , amigo de Bolsonaro há 37 anos, havia sido convidado para fazer parte do ministério. O parlamentar foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a quatro anos de prisão em regime semiaberto por ter cobrado propina em contratos quando era secretário de Transportes.
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Até o momento, quatro nomes foram confirmados a equipe ministerial do futuro governo . Mais cedo, o presidente eleito confirmou o astronauta brasileiro e major da reserva Marcos Pontes para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia.
Anteriormente, ele definiu os titulares para a Defesa, o general da reserva Augusto Heleno; para o superministério da Economia, Paulo Guedes; e na Casa Civil, o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS).
Em entrevistas após vencer o segundo turno, ele fez menção de convidar o juiz federal Sergio Moro , responsável pelos processos da Lava Jato, para sua equipe. Segundo ele, o magistrado poderia ser nomeado para o Ministério da Justiça ou para uma próxima vaga que venha a abrir no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na Corte Suprema, a próxima vaga será aberta em novembro de 2020 com a aposentadoria do decano ministro Celso de Mello, que completará 75 anos e pela legislação, deve deixar a função.
Como Bolsonaro conta com apoio da bancada ruralista, vários nomes foram colocados como eventuais candidatos para comandar a Agricultura. Na lista de possíveis ministros de Bolsonaro , estão Airton Spies, atual secretário de Agricultura de Santa Catarina; Frederico D’Avila, eleito deputado estadual pelo PSL de São Paulo; e Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR).