Vice de Marina Silva (Rede) no primeiro turno das eleições à Presidência da República, Eduardo Jorge declara voto nulo no segundo turno. Nesta quarta-feira (24), ele criticou os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), afirmando que ambos tem tendências autoritárias e disse não acreditar em suas propostas.
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"Prefiro apostar que teremos capacidade de recuperar a simpatia dos cidadãos mais moderados, mais sensatos que foram capturados pelos dois lados desta detestável polarização. Sim. Votarei nulo, contra o PSL e contra o PT", diz o comunicado em que Eduardo Jorge declara voto nulo
em sua página no Facebook.
O vice de Marina pontuou que, nas eleições de 2010 e 1014, o segundo turno foi entre dois partidos com tendências de esquerda. "Um socialista mais radical e outro socialdemocrata bem moderado. Escolhi votar no segundo pois avaliei virtudes e defeitos de ambos e ele me pareceu menos distante do que eu pensava na época".
Ele ainda disse que, em 2018, esse quadro mudou e as propostas de centro-direita, centro e centro-esquerda foram "esmagadas" pela polarização política e que "tanto o PSL quanto o PT são comandados por núcleos políticos radicais e com tendências autoritárias".
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Eduardo Jorge
(PV) fez críticas aos partidos dos dois candidatos à Presidência, afirmando que o PSL de Bolsonaro é um "verdadeiro almanaque de ideias reacionárias" enquanto o PT, partido de Haddad, é "uma indigesta salada de ideias marxistas-leninistas que foram motivo de sofrimentos brutais para países nos século XX e XXI".
Na terça-feira (22), Marina Silva havia declarado "voto crítico" a Haddad . "Darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad".
Mesmo assim, Eduardo Jorge declara voto nulo no segundo turno das eleições. "Não. Eu não sou obrigado a escolher um deles. Não acredito nas suas propostas, promessas e malabarismos de última hora. Prefiro optar por minha consciência que tem procurado se orientar pelo valor básico da democracia", completou.
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