Raul Jungmann e Rosa Weber falaram sobre crimes eleitorais do primeiro turno e suposto caixa 2 por parte dos candidatos
José Cruz/Agência Brasil
Raul Jungmann e Rosa Weber falaram sobre crimes eleitorais do primeiro turno e suposto caixa 2 por parte dos candidatos

A Polícia Federal abriu 469 inquéritos para investigar crimes eleitorais do primeiro turno das eleições deste ano. Os principais casos registrados foram de propaganda eleitoral irregular, de divulgação de informações falsas e de compra de voto, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. 

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"Aqueles que têm interesse de produzir notícias falsas fiquem sabendo que não existe anonimato na internet e a Polícia Federal tem tecnologia e recursos humanos para chegar neles aqui ou em qualquer lugar do mundo", alertou o ministro. Com as investigações por crimes eleitorais do primeiro turno , 455 pessoas foram conduzidas para depoimentos e outras 266 foram apreendidas. 

Nesse domingo (21), Jungmann participou de uma entrevista à imprensa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), junto com a ministra Rosa Weber. Quando questionada se a Justiça Eleitoral havia falhado no combate às notícias falsas – chamadas fake news – durante a campanha, respondeu que não, mas não esperava que a onda de desinformação se voltasse contra a própria instituição e acredita que ainda não há uma solução para resolver o problema. 

“Nós entendemos que não houve falha alguma da Justiça Eleitoral no que tange a isso que se chama fake news. A desinformação é um fenômeno mundial que se faz presente nas mais diferentes sociedades. Gostaríamos de ter uma solução pronta e eficaz, de fato, não temos”, disse Weber.

A ministra não quis comentar sobre as denúncias de que empresas teriam atuado na disseminação de fake news contra o candidato do PT, Fernando Haddad, para beneficiar seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL).  Mas, de acordo com Jungmann, o caso está sendo investigado e não é possível dar detalhes, pois o inquérito corre sob sigilo. 

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O pedido de investigação foi enviado na sexta-feira (19) pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O objetivo é saber se houve utilização de caixa dois por parte das campanhas com o propósito de propagar conteúdo falso contra os adversários. 

O ministro informou que o centro integrado de controle para as eleições retomará os trabalhos nesta segunda-feira (22), e que os representantes dos dois candidatos à Presidência foram convidados a acompanhar a atuação do centro, que funcionará 24 horas por dia até o fim do segundo turno. 

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Outros casos de crimes eleitorais do primeiro turno destacados pelo ministro são de ameaça de estupro a quem votar em determinado candidato, falsa divulgação de fraude nas urnas, e um vídeo no qual um homem aparece com uma arma de fogo na cabine de votação.

* Com informações da Agência Brasil.

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